O governo brasileiro, diante do cenário de crise climática e megaincêndios na Amazônia, passa por um processo de investigação dos desastres ambientais recentes.
Com 85 inquéritos instaurados para investigar incêndios sem precedentes no Brasil, as apurações apontam indícios de crime ambiental.
Segundo a Agência Brasil, o país registrou mais de 200 mil focos de incêndio desde o início do ano. Mais da metade desse total teve início na Amazônia.
A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considera um cenário de resistência à retomada de uma política pública ambiental.
“Nós conseguimos retomar a criação de unidades de conservação, demarcação de terra indígena, combate ao garimpo, fazer um esforço enorme para reduzir desmatamento no ano passado em 50%. Esse ano já reduzimos 45% e estamos agora diante de uma situação, uma combinação de um evento climático extremo que está assolando não só o Brasil, mas o planeta, e criminosos ateando fogo no país.”, disse a ministra em entrevista à Agência Brasil.
Especialistas estimam a tragédia dessas queimadas de 2024 em mais de três milhões de hectares devastados até 15 de setembro, conforme retrata a manchete.
Greenpeace se manifesta
A agência de notícias Reuters publicou neste sábado, 21, movimento realizado pelos ativistas do Greenpeace no Brasil.
A equipe da ONG colocou na sexta, 20, uma faixa de protesto em um banco de areia que surgiu no meio do Rio Solimões, que está sofrendo com a pior seca já registrada.
"Quem paga?", a faixa questiona diante dos danos ambientais causados à Amazônia pelas mudanças climáticas e o aquecimento global.
Para o Greenpeace, o uso contínuo de combustíveis fósseis é a causa da tragédia.
A seca baixou o nível da água do Rio Solimões para níveis sem precedentes, expondo o seu leito em frente à cidade de Manacapuru, logo acima de Manaus, onde se junta ao Rio Negro para formar o Amazonas.
A Reuters destacou que é o segundo ano consecutivo de seca crítica, alimentando extensos incêndios florestais e encalhando comunidades ribeirinhas por falta de transporte, à medida que os rios se tornam muito rasos para a passagem dos barcos.
O questionamento que vem à tona é se, como Marina Silva destacou, esse é um processo das políticas públicas ambientais efetivas.
Quem paga por políticas retardatárias que caíram no desinteresse político nos últimos anos, questiona a organização? E a sociedade?
Créditos imagem: Greenpeace
Siga:
YouTube - Podcast D’OAmazônico
Instagram - @doamazonico
Facebook - O Amazônico Toni Remigio
Fale conosco:
Whatsapp - Telegram: 91 98537-3356
E-mail: contato@oamazonico.com.br