Na edição online do jornal O Globo desta segunda-feira, 23, Ilona Szabó, Izabella Teixeira, Joanna Martins e Livia Pagoto opinam que é preciso destravar o potencial da Amazônia.
A Declaração de Belém, documento que reúne os compromissos pelo desenvolvimento da região, foi fruto da Cúpula da Amazônia, ocorrida há mais de um ano na capital paraense.
As autoras pontuam que a Declaração marcou a retomada do diálogo de alto nível entre os oito países que abrigam a Amazônia, estabelecendo uma integração mais ampla da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OT-CA).
A Declaração permitiu, segundo O Globo, uma elevação de status geopolítico da Amazônia, além de ter sido fundamental para firmar a decisão de Belém como capital sede da COP 30, em 2025.
O reconhecimento da floresta amazônica como maior biodiversidade do mundo foi outra contribuição da Cúpula da Amazônia, suscitando discussões acerca de um espaço propício para bioeconomia - segmento com potencial de movimentar US$284 bilhões ao ano até 2050, segundo a matéria.
Além disso, incentivos oriundos do BNDES, como o Arco da Restauração, que tem como objetivo recuperar 24 milhões de hectares de floresta até 2050, também foram baseados nas discussões do encontro.
Com a atual crise climática que o país passa, as autoras pontuam que é necessário maior engajamento e fortalecimento político para que a COP 30 seja realizada com maior coesão.
A participação dos povos indígenas e da comunidade local compõem a diretriz base para o sucesso políticas de cooperação regional e instrumentos financeiros - e espera-se que isso seja respeitado.
Para as entrevistadas, é preciso, portanto, destravar o potencial da Amazônia como caminho para o desenvolvimento sustentável, unindo a conservação ambiental, a geração de riqueza e a inclusão social, fortalecendo os laços entre os países amazônicos.
Créditos da imagem: Agência Pará