Matéria publicada na edição impressa de O Globo deste domingo, 30, afirma que petistas trabalham para convencer o atual vice-presidente Geraldo Alckmin a disputar o governo de São Paulo em 2026 contra o favorito à reeleição Tarcísio Gomes de Freitas.
Segundo o texto assinado pelos repórteres Sérgio Roxo e Jeniffer Gularte, a estratégia do PT seria mitigar o amplo favoritismo do aliado de Jair Bolsonaro que, uma vez confirmado, poderá lhe garantir cerca de 70% dos votos já no primeiro turno.
“Para lideranças do PT, um palanque forte no maior estado do país é fundamental para Lula, caso o presidente decida mesmo tentar um novo mandato”, afirma a matéria.
Derrota acachapante
Uma derrota “acachapante”, disseram os ouvidos pela reportagem, poderá inviabilizar Lula, na medida em que São Paulo detém 22% do eleitorado nacional.
Em 2022, o candidato derrotado ao governo paulista, Fernando Haddad, obteve 44.73% da votação, patamar quase idêntico ao obtido por Lula (44,76%) no estado, fator decisivo para a vitória petista por estreita margem em todo o país.
Haddad senador
O texto afirma ainda que a ideia desses partidários do presidente é ter Fernando Haddad candidato a senador na coligação.
A dobradinha se uniria à chapa majoritária nacional tendo o MDB como o partido preferencial para a vaga de vice, e aí surge o nome do paraense como o favorito para os petistas, na disputa que envolveria internamente os ministros Renan Filho e Simone Tebet.
Helder topa. Alckmin, nem tanto
A matéria afirma ainda que o governador do Pará veria “com bons olhos ser parceiro de chapa do atual presidente”. Já um aliado do atual vice disse que a iniciativa sequer é avaliada por Alckmin, que não cogitaria a “hipótese".
Bola com Lula
Os mesmos petistas dizem que a única pessoa em condições de tratar com o vice-presidente sobre o tema é o próprio Lula.
No atual partido do ex-tucano, o PSB, a proposta é considerada como mandar Alckmin para o sacrifício, enquanto o PT estaria preocupado - prioritariamente - na manutenção da bancada de deputados federais paulista.
Live COP30 Amazônia
Enquanto isso, na esteira da realização em Belém do “maior e mais importante evento mundial sobre mudanças climáticas” em novembro, o próprio jornal O Globo, em parceria com o Valor Econômico e a Rádio CBN, irá realizar, no dia 03 de abril, a “Live COP30 Amazônia - Momento Decisivo para o enfrentamento da crise climática global”.
Os organizadores consideram o evento que irá ocorrer pela primeira vez no Brasil uma “oportunidade histórica para o país reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre o clima e sustentabilidade”.
Este primeiro debate com autoridades e especialistas irá se concentrar no que a conferência representa para o Brasil e o que o mundo espera da sua realização.
Pará, PMB e Fiepa
O evento patrocinado pelo grupo JBS e Vale conta com apoio do Governo do Pará. Além da abertura pelo governador Helder Barbalho, o prefeito de Belém, Igor Normando, e o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Alex Dias Carvalho, também serão debatedores.
Protagonismo
O prezado leitor e a estimada leitora podem até fazer parte dos 30, 35% que não apoiam ou aprovam a gestão do governador paraense.
O que passa a tornar as opiniões suspeitas de falta de largueza de vistas ou algum outro sentimento menos votado será não reconhecer o protagonismo recuperado por representantes do estado, bem como os benefícios que a realização da conferência em Belém trouxeram e ainda trarão para uma terra quase sempre ausente e/ou esquecida das grandes decisões nacionais.
Outro aspecto relevante é que, além de palco, o Pará se tornou protagonista em um debate do qual jamais - por razões óbvias - poderia estar fora em âmbitos nacional e internacional.
Viva a COP-30! Contagem regressiva: faltam sete meses e vinte e dois dias para o seu início.