Cúpula da Amazônia
Presidente eleito, Lula anunciou no Egito, durante a COP 27,
a criação da Cúpula da Amazônia. O encontro será na nossa cidade, nos dias 08 e
09 de agosto próximo e não dá para não classificá-lo de uma espécie de prévia
da COP 30, também marcada para Belém, no final de 2025.
Oito países
A Cúpula deve reunir chefes de estado dos oito países que
integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Objetivo
A OTCA pretende retomar o diálogo regional, reforçar os
laços entre os estados membros, a sociedade civil das oito nações e a
cooperação mútua pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Gol
É inequívoco que, apesar de todos os disparates ditos pelo
atual presidente brasileiro, a criação da cúpula e, na esteira, a conquista da
COP 30 para Belém, foram dois pontos destacados positivamente neste primeiro
semestre de governo Lula.
Pária nunca mais
Dada a condição geográfica e seus recursos naturais, era
inaceitável, para não dizer absurda, a posição do Brasil nas questões globais
relativas ao meio ambiente adotadas pelo governo anterior. Este protagonismo é
da Nação. Quem está na cadeira tem faro político para saber o peso que o Brasil
pode e deve ter nessas discussões.
Dor de cotovelo
O outro vencedor pelo protagonismo internacional resgatado
pela Amazônia e pelo Brasil é, também inequivocamente, o governador Helder
Barbalho. Somente a tibieza da baixa política e a dor de cotovelo para explicar
a má vontade de setores com a realização, primeiro da Cúpula da Amazônia, e em
seguida e principalmente, da COP 30.
Gran Finale
Ocorre que a COP vai acontecer cerca de quatro meses antes
dos prazos de desincompatibilização, se constituindo no gran finale de seus dois governos.
Desafios
Para além dos
desafios em organizar um evento global com selo da ONU, o governo Helder sabe
que deverá enfrentar os problemas de sempre por essas paragens quando o assunto
é obra pública, prazos e má vontade política de extratos destacados aqui e em
Brasília.
Futuro
Helder Barbalho sabe que terá de ter essa vitrine após o
destaque que tem conseguido em âmbito nacional, especialmente depois da eleição
de Lula. Querendo ou não, é governador de um estado considerado periférico
nacionalmente, e seus pares dos estados mais ricos da federação só têm olhos
para o que vai se descortinar após a cassação de Bolsonaro.
COP e ED
Por outro lado, quem também anda rindo para as paredes após
ser dado como “morto” politicamente, é o prefeito de Belém Edmilson Rodrigues.
Velhas novas ideias
Dono de uma gestão sem marca, estagnada, permanentemente em
meio a conflitos internos com o próprio partido, Rodrigues sabe quem o
governador (e o presidente) não querem ver de jeito nenhum posando nas fotos
com os governantes internacionais que estiverem na COP em 2025.
Lei da Gravidade
Logo, em 2024, qual a Lei da Gravidade, ele
enxerga caírem sobre si e seu mandato, milhões de motivos para que seja
reeleito prefeito municipal. Mas isso será assunto até o final de outubro de
2024. Quem viver…