Segundo o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia neste ano recuou ao menor patamar desde 2014. Foram devastados 6.288 km² de vegetação nativa entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Em comparação ao ano passado, houve 30,6% de redução no desmatamento na Amazônia. Em 2023, ele chegou a 9.001 km², número que já havia sido 22,3% menor em comparação a 2022.
O sistema também apontou uma queda na devastação do Cerrado depois de cinco anos de aumentos sucessivos. A devastação no bioma foi de 8.174 km².
Um especialista ouvido pelo O Globo nesta quinta-feira, 7, afirma que os números, apesar de animadores, não refletem a realidade dos biomas.
“Apesar da queda em ambos os biomas, é importante frisar que as taxas de destruição estão altas e precisamos de uma política de desmatamento zero ainda este ano, já que ainda temos pontos que concentram um aumento das taxas em relação ao bioma como um todo” aponta Lucas Ferrante, pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas, em entrevista ao O Globo.
Segundo o jornal Estado de S. Paulo, os números decrescentes de desmatamento são importantes diante da COP-29, que vai acontecer na próxima semana em Baku, no Azerbaijão.
Os dados são um trunfo importante na intenção de mostrar ao mundo a disposição de atuar no combate às mudanças climáticas.