A empresa estatal chinesa CNT (China Nonferrous Trade) comprou as operações de uma mina de estanho na Amazônia, num negócio que envolveu mais de R$ 2 bilhões. A notícia foi dada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, 29. A mina negociada é a Mina de Pitinga, a 300 km de Manaus.
Segundo a Folha, o negócio foi fechado na terça-feira, 26, entre a Minsur S.A., até então dona do negócio, e a CNT, e inclui a transferência de 100% das ações na Mineração Taboca S.A. à estatal chinesa, de acordo com comunicado da Taboca. A Minsur, controladora da Taboca, é de origem peruana.
A reserva tem estoque estimado pela Taboca para durar um século. Além de estanho, as terras envolvidas na negociação abrigam também nióbio e tântalo, elementos que são utilizados por empresas tecnológicas para a produção de itens como satélites, capacitores, baterias e foguetes.
A reserva, segundo relatos de integrantes do governo, é vista como uma das que podem ser mais rentáveis do Brasil nos próximos anos.
A área também possui resíduos ricos em outros dois elementos, urânio e tório, mas o urânio vai para os rejeitos e não há tecnologia viável para que seja separado. Além disso, ele é considerado um elemento químico estratégico e que depende de autorização da União para ser explorado.
Créditos da imagem: Divulgação Mineração Taboca.