O Estadão, versão online do jornal Folha de São Paulo, divulgou o grupo canadense Brazil Potash Corp. planeja começar, até meados de 2025, a instalação de uma mina de extração e beneficiamento de potássio em Autazes, município amazonense a 113 km de Manaus.
Em reportagem de Ivo Ribeiro, foi informado que as reservas
minerais encontram-se próximas do rio Madeira, que será usado como
rota de escoamento para o principal mercado brasileiro de consumo de
fertilizantes, o Centro-Oeste.
A reserva em Autazes tem 800 milhões de toneladas. Com sua
descoberta em 2011, o Brasil se consolidou como uma das dez maiores reservas do
mineral no mundo.
O investimento previsto pela canadense é de US$ 2,5 bilhões
(equivalente a R$ 13,7 bilhões) e o projeto prevê capacidade anual de produção
de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio.
A vida útil da mina,
que será subterrânea (800 metros de profundidade), é estimada em 23 anos,
considerando as atuais reservas de silvinita (minério que abriga os sais de
potássio) autorizadas para extração.
A empresa obteve em abril a licença de instalação do
empreendimento pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), órgão
do governo estadual. Porém, contou com a decisão, em segunda instância, do
Tribunal Regional Federal da 1.ª região (TRF1), que derrubou um despacho da
juíza Jaíza Fraxe que impedia o licenciamento ambiental, alegando que o Ipaam
não teria competência para dar o aval, e que isso seria prerrogativa do Ibama,
um órgão federal.
Juliano Valente, presidente do Ipaam, disse ao Estadão que
cabe à Brasil Potássio, a partir de agora, com as licenças de instalação,
cumprir todas as condicionantes durante a implantação do projeto para, então,
poder receber a licença de operação. Segundo ele, o órgão ambiental fará o
monitoramento nesse período.
A previsão da empresa é iniciar a produção em 2028, ou início de 2029.