A Folha de S. Paulo publicou nesta terça-feira, 16, uma reportagem acerca do uso de tecnologia para combate ao comércio ilegal de ouro no Brasil.
Segundo o jornal, investigações com o uso de tecnologia forense de ponta e imagens de satélite rastreiam a origem do ouro, identificando sua ilegalidade.
Um programa da Polícia Federal chamado Ouro Alvo está criando um gigantesco banco de dados com amostras de ouro de todo o Brasil. Essas amostras são analisadas com tecnologias como varredura de radioisótopos e espectroscopia de fluorescência com o objetivo de determinar a composição única dos elementos.
A técnica, usada há anos em arqueologia, foi adaptada para a mineração pelo geólogo forense Roger Dixon, da Universidade de Pretória, na África do Sul, para distinguir entre o ouro legal e o roubado.
O programa desenvolvido em parceria com pesquisadores universitários também inclui o uso de poderosos feixes de luz de um acelerador de partículas em um laboratório de São Paulo para estudar impurezas nanométricas associadas ao ouro, seja de terra ou outros metais como chumbo ou cobre, que ajudam a rastrear suas origens.
O programa tem ajudado a impulsionar o aumento na apreensão de ouro ilegal desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse no começo do ano passado. Elas cresceram 38% em 2023 ante o ano anterior, segundo dados da PF.
Créditos da imagem: Agência Brasil.