Publicada nesta quinta-feira, 20, a reportagem do UOL fez um raio X das decisões e acontecimentos sobre o meio ambiente no Brasil, em um ano muito importante: em novembro, ocorrerá a COP30, em Belém.
A recapitulação do portal UOL é fundamental para compreendermos sobre qual caminho o país está trilhando para se tornar referência no debate ambiental.
Queimadas
Queimadas batem recorde. Elas caíram 64% na Amazônia em 2024, mas quebraram recordes nos outros biomas. O fogo queimou uma área maior que a Itália: 30,8 milhões de hectares na Amazônia, Pantanal e Cerrado, 79% mais queimadas que em 2023 e a maior área afetada desde 2019, início das medições do Monitor do Fogo, do MapBiomas.
O bioma do Pantanal teve 17% de sua área total queimada no ano passado, ou 2,6 milhões de hectares, três vezes mais que em 2023. Sob Bolsonaro, no entanto, 2020 bateu o recorde: foram 4,5 milhões de hectares queimados —30% do bioma
Desmatamento da Amazônia voltou a crescer neste ano. Mesmo com o controle do desmatamento na floresta amazônica em 2024 (65% menor que no pior ano de Bolsonaro), ele voltou a crescer em janeiro de 2025. Saltou 68% em relação a janeiro do ano passado: 133 km² de floresta desmatada, segundo o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), do Imazon.
Agrotóxicos
A liberação de agrotóxicos já é proporcionalmente maior no governo Lula. Foram aprovados 1.218 agrotóxicos e defensivos nos dois primeiros anos de mandato, contra 2.182 nos quatros anos de Bolsonaro. O Congresso tirou do Meio Ambiente a regulação sobre esse tema.
Petróleo
O Ibama questiona exploração de petróleo na Foz do Amazonas, como noticiado aqui no O Amazônico. No dia 26 de fevereiro, o instituto recomendou à Petrobras que não faça pesquisas no bloco 59. O Ibama não se convenceu sobre o plano apresentado pela estatal para salvar a fauna em caso de desastre ambiental.
Vitórias ambientais
O governo também coleciona vitórias. Apesar de o desmatamento na Amazônia ter aumentado em janeiro, ele registrou o segundo ano consecutivo de queda em 2024.
O desmatamento no Cerrado caiu 25,7% no ano passado. A redução interrompeu cinco anos consecutivos de alta.
O governo Lula também voltou a homologar terras indígenas e quilombolas. Foram 13 territórios indígenas regularizados em dois anos, após a interrupção das demarcações nos anos Bolsonaro. Também foram 21 títulos a comunidades quilombolas.
A duras penas, o governo reconstrói a governança da política ambiental e tenta construir o caminho de um país referência no debate.
Créditos da imagem: ICMBio.