A queda do dólar e outros vendavais

21/07/2023 13:02
A queda do dólar e outros vendavais

Após o vendaval

E por falar em queda, após o vendaval de quarta-feira, 19, que atingiu a capital do Pará, alguém já viu algum comunicado ou declaração oficial da Prefeitura de Belém (vale do seu representante eleito em 2020), bem como na imprensa, contendo um apanhado dos prejuízos já conhecidos, incluídos os sofridos por moradores, investidores e ao patrimônio público ou nas vias comuns?

Vidas e trabalhadores

Incontinenti a tristeza de todos pelas árvores jovens e históricas que não resistiram - quase duas dezenas segundo informações oficiais - sobretudo quando se pensa naqueles que poderiam ter perdido as próprias vidas ou entes queridos, entre qualquer transeunte ou cidadão pelas ruas, becos e periferia da cidade, incluídos todos os locais da área de atendimento na saúde, alguém já parou para calcular junto aos atingidos no bolso e na rotina os danos causados por tudo que foi destruído?

Os efeitos e a Equatorial

Na nossa residência, por sorte, o único aparelho eletrônico a não resistir às quedas de energia que aconteciam precedendo os picos, entre às 19 horas de quarta, até por volta das 13h de quinta, foi um gelágua. A concessionária de energia já apresentou alguma informação a respeito? Ou já faz uma estimativa dos danos e prejuízos e os divulgou? 

Quedas e picos

Na esteira de uma manifestação oficial da concessionária, para além dos entulhos e destroços descortinados após o susto, convém também posicionamentos de entidades de representação da sociedade civil relativos ao número dos prejuízos com aparelhos eletroeletrônicos e outros bens de consumo duráveis. 

Outros vendavais

Com esse “Psol ou Pchuva”, a inação e blábláblá eterno do prefeito e a inaptidão de áulicos e acólitos, melhor torcer (mesmo que nas coifas), para que não venham outros vendavais.

Sem lenço nem documento

Aliás, comprar dólar na penúltima sexta de julho no Pará, é coisa de rico. Pobres e remediados vão se embrenhar nas praias, rios, igarapés, redes, lagos, sítios, fazendas, granjas, clubes, chácaras, varandas de casas ou apartamentos, botequins e que tais, como se não houvesse amanhã.

Por aí…

Se beber, não dirija.

Quem te viu, quem te vê

Ao dólar novamente. Sucedendo a quinta-feira (20) em que a moeda atingiu 0.34% de aumento, e sem razões internas e externas que justificassem uma baixa repentina, o dólar comercial está sendo cotado nesta sexta-feira, 21, à R$4,76.

Turismo

A cotação oficial do dólar turismo, aquele vendido por operadores de turismo e casas bancárias sobre o qual incide o IOF, se encontra, até o fechamento desta edição, por R$ 4,98.

“Promoção” em Belém

Tradicional casa de câmbio com sede na capital paraense anuncia hoje a promoção da moeda norte-americana pela módica quantia de R$ 4,99. 

Fatores

Para quem chegou em 2023 sob um novo governo de esquerda, variando na casa de R$ 5,50, as perdas da moeda até agora não foram pequenas. Em geral, a tendência de baixa, como sempre, tem a ver com fatores externos e internos.

Campos e Haddad

A sobriedade que marca as atuações do presidente da autoridade monetária, o Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, têm sido o ponto de equilíbrio e alvo de otimismo em relação à melhora na economia e valorização do real diante do ativo norte-americano. 

Haddad e Campos

Rivais (mas nem tanto) quanto à discussão sobre a redução da taxa de juros, especialmente em quais níveis e a partir de quando, se o assunto for aprovação da reforma tributária e expectativa por sequência de vitórias de interesse do governo no congresso, é muito provável que, tal qual Tarcísio Gomes de Freitas, Campos Neto não torça ou conspire contra Haddad e o país.

Ortodoxia e mercado

Criticado pelos rivais intelectuais de sempre dentro e fora do PT e apoiado ou tendo seus méritos até aqui reconhecidos à direita e ao centro, o ministro tem sido o fiel da balança nas contendas com o radicalismo de seu partido e o sectarismo do chefe.

Batalhas

Diante das batalhas públicas com o presidente do BC sobre a condução da proteção da moeda e combate à inflação, quando tende a opor-se aos seus argumentos, por convicção ou conveniência, Haddad permanece sendo o retrato da prudência e pragmatismo neste primeiro semestre de Lula III.

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