Abílio Diniz se foi, mas sua grandeza é para sempre

19/02/2024 13:54
Abílio Diniz se foi, mas sua grandeza é para sempre

Desde que começamos por aqui em julho de 2023, sejam “textões” ou “colunonas”, temos procurado (ou conseguido) escrever nesta jornada que esperamos ser a inicial de O Amazônico, duas vezes por semana, invariavelmente.

Mas o Brasil adormeceu ontem à noite, 18 de fevereiro, com a notícia da morte do empresário Abílio Diniz, na cidade que ele era uma das encarnações contemporâneas, São Paulo, aos 87 anos.

Muito mais excepcional na vida do Brasil do seu tempo, dos seus familiares, funcionários, alunos, amigos, leitores, desportistas, telespectadores, admiradores e pessoas comuns que sabiam da sua existência e presença em todos os setores da sociedade brasileira, Abílio Diniz foi daqueles raros líderes e personagens por quem vale a pena parar e registrar quão grande é o impacto da notícia da sua morte para o País.

Foi uma vida e tanto desse brasileiro que era um pouco de todas essas categorias lembradas acima que o admiravam e, de alguma forma, foram impactados pela sua onipresença na vida nacional no último meio século.

Abílio Diniz é daquelas figuras enormes sobre as quais tudo que se poderia dizer, já foi dito pelo próprio, ainda que tenha despertado interesse de terceiros que lhe foram próximos ou quem quer que tenha sido contratado para falar dele e da sua obra.

Da criança que frequentou o Jumbo e o Wells, ao jovem que acompanhou pela TV o anúncio e o desfecho do seu sequestro, a crise do Pão de Açúcar e com os irmãos; do adulto que viu sua recuperação, capacidade de superação, as aquisições, os embates, a vitalidade e a vida desportiva, somos daqueles que pensavam que ele faria 100 anos na ativa. Fácil. 

A partir dos depoimentos que se seguem e, pelo visto, prosseguirão, agora o Brasil vai conhecer o Abílio benfeitor e caridoso que agia em silêncio, como bom cristão.

Esse Abílio Diniz que era uma porrada de caras num mesmo; esse lutador que parecia eterno, inspirou muito empreendedor e líderes pelo país afora.

Com a perda do filho João Paulo, em 2022, que ele compartilhou a dor com seus seguidores nas redes sociais, penso que tenha começado a se despedir desse plano, mesmo que não soubesse ou deixasse transparecer, tantas as suas responsabilidades. 

Abílio Diniz é um daqueles caras por quem agradecemos a existência das redes sociais, pois, ao adotá-las, ele quase conseguiu universalizar as muitas mensagens, ensinamentos, dicas e lições que a vida dava nele e poderia dar em todos nós.

Uma obra completa como líder é o seu legado. E rara.

Não se iludam, botem outros 100 anos aí pra aparecer “outro” Abílio Diniz.

Como escreveu outro dia o Ismaelino Pinto,

Aplausos! 

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