Após testes realizados em 2022 e com atraso de mais de um ano e meio (quase dois anos), graças ao apoio de alguns, torcida e incentivo de outros, conseguimos “colocar no ar”, no caso YouTube e redes sociais, o Podcast D'OAmazônico.

Ao ser idealizado, em meados de 2021, o espaço virtual foi pensado como o “Canal do Toni Remigio e os Iconoclastas”.

O atraso e minhas limitações fizeram-me repensar como fazê-lo e nominá-lo. Mas isso é outra história e vai ficar para depois.

Professor Ercílio Faria, o 1º entrevistado

Sabe aquela história do “sonho sonhado por mais de um?” Pois é, enfim, quando finalmente iniciaríamos a jornada, em julho passado, eis que o coração do nosso entrevistado, o professor aposentado da UFPA e geólogo com doutorado na Alemanha, Ercílio Faria Neto, resolveu dar um baita susto nele e em todos nós.

Até aí nenhuma grande surpresa na vida adulta no universo do sexo masculino. Em solidariedade a ele, o início do projeto foi novamente adiado. Congelado, desta feita. 

Lidiane, Paula e Ivanna

A conexão do caso do grande Ercilio com duas das três entrevistadas após ele é que chamou a atenção deste honrado anfitrião.  

As excepcionais Paula Zumero e Ivanna Carneiro (em ordem de edição do podcast) também estiveram entre a vida e a morte. Ambas foram vítimas de infarto do miocárdio. 

Como podemos perceber, já não é tão incomum assim as doenças do coração alcançarem as mulheres. E que mulheres. 

A segunda entrevistada, a multi business woman Lidiane Calixto, também deu um show. 

Graças a Deus, do coração não padeceu. Em comum os quatro queridos amigos possuem uma trajetória admirável, que une talento, esforço, brilho pessoal, bom caráter, pitadas de sorte e as demais qualidades dispostas no título do presente texto.

Das coisas da vida, o mais "antigo" do nosso grupo, o Professor internacional, foi quem conheci mais tarde. Ou seja: tornou-se o amigo mais novo. 

Ercílio é inspiração para quem sonha cursar extensão em uma grande universidade de um país desenvolvido. 

Ou você acha que à toa, o curso de Geociências da UFPA ser o único da universidade classificado com nota máxima no MEC há décadas ?  

Desbravador, vanguardista, estudioso, consultor e, sobretudo, jovem, o professor é um craque da vida e da convivência. Imperdível. Primeira viagem oficial, falei mais do que devia. 

Mas creio que nas três seguintes dei menos opinião… Quem já assistiu ao podcast #01 sabe que o professor levou uma dezena de livros para o papo. 

Valeu a coincidência da pequena e justa homenagem que prestei ao cavalheiro e churchilliano professor Miranda Neto, um dos autores citados pelo entrevistado. 

Como fica claro nas conversas seguintes, Lidiane, Paula e Ivanna são três líderes forjadas na curiosidade, na pertinácia e na persistência. 

Amigas de uma vida, se prontificaram a conversar com a gente e contar um pouco das respectivas trajetórias - não me canso de repetir -, inspiradoras.

Lidiane é uma empresária em constante renovação. Paula, a advogada que já trabalhou em agência de publicidade, foi e é professora, cronista de mão cheia, mãe de três meninas e, desde 2020, uma sobrevivente.

Ivanna era advogada que um dia quis ser médica. Festeira juramentada, virou promoter, abriu uma agência de comunicação e eventos aos 19 anos. Inovadora nos negócios, preside associação de classe, joga nas onze e já pensa na festa de 30 anos da Name Comunicação. 

Em 2019, foi salva pela Providência e às mãos dos médicos no mesmo hospital que traria a Paula de volta pouco mais de um ano depois, o Guadalupe. “Viva Nossa Senhora!” Amém!

Mas não foi só isso. O nosso professor de vida ganha é um inquieto que, invariavelmente e com razão, compra (boas) brigas defendendo a Amazônia de sectários, do atraso, da pobreza e da desigualdade. 

Duas meninas enfrentaram doenças da alma e falaram sobre elas. Outra, com a naturalidade das justas e donas das consciências limpas, revelou dores que a vida impôs. 

Lidiane é mãe da americana Vitória. Ivana, do sobrinho e de um casal de pets. As três são puro coração de mãe, daí me tratarem como amigo há um tempinho já.

Eu amei. Muito. Espero que vocês também gostem, além dos quatro queridos e a turma do bem que circula entre nós e pela rede afora. 

Agora é persistir enfrentando as dificuldades, superá-las e avançar. 

Afinal, foguete não dá ré. Né?

Feliz Círio 2023!