Bruno Toscano queria ser piloto de avião

O governo Lula 01 (2003-2006) mudou a vida de muita gente, justiça seja feita, para o bem (unificação e ampliação dos programas de transferência de renda) e para o mal. 

Sim, suas práticas nefastas e corruptas reveladas pelo escândalo do Mensalão foram tão graves que tiraram lideranças nacionais do núcleo central de poder no Brasil até hoje.

Para ficar só nos mais “destacados", além do denunciante Roberto Jefferson, figuras históricas do Partido dos Trabalhadores (PT) como o ex-chefe da Casa Civil do então governante e até ali presidenciável José Dirceu e os presidentes da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, e do PT, José Genoino, foram alguns deles.

Naquele início de século XXI, Bruno Toscano viu sua vida dar uma guinada de 180 graus. De apaixonado por aviação, estudante de pilotagem, o paraense já era aeronauta com passagens (sem trocadilho) como comissário de bordo por VASP e GOL, duas das maiores companhias aéreas nacionais. 

Segundo ele, o “Mensalão” foi a gota d’água para que assumisse seu papel de cidadão e, como tal, desse início a sua atividade de militante do combate à corrupção.

Para tanto, como forma de expor toda a sua indignação, ele utilizava a internet, local onde também fazia convocações e se juntava a outras vozes indignadas com as revelações sobre os intestinos do governo Lula.

Revoltados online

De “virgem” que combateria a corrupção e mudaria os destinos da nação promovendo a justiça social, o governo petista “caiu na vida”, fato que levou Bruno a criar o grupo que atingiria números superlativos no Facebook et al, chamado “Revoltados Online”.

Ele também foi um dos “20 do MASP”, que antes disso, passaram a fazer manifestações no vão livre do Museu de Arte de São Paulo com o mesmo fim. 

Entre 2005 e 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, com um Mensalão, seu julgamento no STF, as manifestações de 2013, a Lava Jato e o afastamento da ex-presidente no meio, Bruno Toscano foi protagonista em todos esses fenômenos e acontecimentos como um dos líderes que estavam nas ruas (São Paulo) e acampados (Brasília). 

Em 2014 ele foi um dos organizadores da “Marcha da Família com Deus e pela Liberdade” reeditada 50 anos depois da primeira, ocorrida às vésperas do golpe militar de 1964. 

Tudo isso e muito mais você pode conferir na conversa que ele teve conosco. Bruno tem muita história pra contar e sua luta continua. 

Luiz de Lemos Jr. e sua luta por respeito

Outro entrevistado que deu o que falar e nos fez sentir muito orgulho pela sua vinda conosco foi o querido Luiz de Lemos Jr. 

Seu histórico de luta por reconhecimento, afeto e respeito às suas opções de vida representam um libelo às liberdades individuais.

Vitorioso em caso sui generis na justiça por essas paragens, magnânimo, Luiz declinou mais adiante do direito que era seu por entender que “afeto não se compra”, dando uma lição de vida e dignidade. 

Ele conta tudo não para se vitimizar, mas para declarar ao mundo e a quem interessar possa que respeito é bom, bonito, existe e ele gosta. 

Luiz tem muito o que nos ensinar sobre preconceito, volta por cima, homofobia e outras chagas históricas que rondam este vasto mundo como duas das mais graves, ameaçadoras e inaceitáveis: a violência e a covardia. 

Além das duas ameaças, que quase sempre andam juntas, também falamos de coisas boas, perspectivas, presente, futuro e sonhos. 

Dentre esses últimos, fica a nossa torcida para que ele realize um dos mais caros para si: viver um grande amor. 

Sorte pra ele. E respeito às diferenças. 

Família Saboia é sinônimo de alto astral

Esta série mais que especial e heterogênea disponibilizada no podcast do Amazônico encerra com um trio parada dura formado pelos irmãos Juca, Luiz e Solange Saboia. 

Solange é a chef de cozinha que, apesar de jovem, tem quilometragem suficiente para fazer dela uma das mais requisitadas, respeitadas e talentosas da cidade. 

Sócia do irmão Luiz na Casa Combu, point gastronômico pioneiro e consolidado na ilha, ela atua em várias frentes na área que abraçou, sempre com excelência, originalidade e reconhecimento. 

Estudiosa, Solange foi para a Espanha, se especializou e une a sua grande paixão, a nossa gastronomia, a cada uma das escolas que conhece e aprecia, como a italiana, a francesa, a portuguesa e a mediterrânea, além daquela originária na terra do catalão Ferran Adrià, onde foi se capacitar. 

Luiz Saboia, sócio da irmã, além de empreendedor é engenheiro civil e, tal qual Bruno Toscano, um idealista. Mas, diferente do revoltado online, ele quer exercer um mandato eletivo.

Sim, Luiz já foi candidato a deputado estadual. O sonho dele é ser prefeito de Belém, cidade onde nasceu e para a qual tem soluções com fulcro na engenharia para vários dos seus problemas estruturais.

Os problemas que afastam o idealista que sonha com o “Antônio Lemos” são outros e a natureza de cada um pode estar nas raízes daqueles dilemas e chagas nacionais mostrados ao Brasil pelas denúncias e operações que desbarataram dois dos maiores escândalos de corrupção do país, o Mensalão e o Petrolão.  

Divertidos pelo Culatra

Juca Culatra, o mais velho dos irmãos é um capítulo à parte quando o assunto é bom humor, irreverência, produção artística e entretenimento.

Conhecido por todos cantos do estado, Juca vai da produção musical à audiovisual, passeia pelas artes cênicas e percorre caminhos diversos, sempre com sucesso, autenticidade e audiência certa.

Carismático como poucos, produtor querido e admirado, a conversa com ele nos proporcionou altas risadas e até emoção, quando falou do projeto que vai abraçar, o “Sampleados”, criação de seu saudoso amigo Léo Platô.

O Podcast do Amazônico é isso: lugar de fala para toda a gente do bem, o povo de Deus, onde ocorrem boas conversas e ótimas histórias.

Assistam e confirmem.

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