Tu gelas?

19/07/2023 14:40
Tu gelas?

Sempre gela

O segredo do polichinelo vazou. Coube à agência de notícias France Press informar ao mundo, nesta quarta-feira, 19, que o líder russo Vladimir Putin novamente não irá comparecer a uma cúpula de governantes mundiais para além das fronteiras de seu território.

Brics 1

O evento será a Cúpula dos Brics, acrônimo que reúne, como todo mundo está cansado de saber, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, e está marcado para ocorrer entre os dias 22 e 24 de agosto próximos, em Joanesburgo, na África do Sul.

Ordem de prisão

E a razão para a ausência é a emissão, desde março último pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), de uma ordem de prisão contra ele, em razão dos crimes de guerra que praticou (e continua praticando) na Ucrânia. O documento o acusa e culpa pela deportação ilegal de crianças ucranianas.

Pulha

Segundo a agência de notícias, quem irá representar o autocrata russo, será o seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov. Sim, aquele pulha que veio ao Brasil após Lula ser signatário de uma nota conjunta com o ditador chinês Xi Jinping, que falava em “diálogo e negociação” para dar fim à guerra entre Rússia e Ucrânia, em visita de estado que fez ao “Império do Meio”, dias antes.

Pimenta no dos outros

Muito fácil propor trégua a um país humilhado, destruído pelo agressor e invasor, falando de fora, do alto das suas conveniências ideológicas e mercadológicas. Ali, Lula começou a deixar claro de vez ao Ocidente em geral e, particularmente, aos seus apoiadores no governo americano e na União Europeia, para qual lado, afinal, pendia o seu coração “comunista de sindicato”.

Diga com quem andas

Em solo pátrio, Sergey Lavrov disse que Rússia e Brasil tinham “visões alinhadas em relação aos acontecimentos” no mundo. Para ele, ambos os países estavam unidos por um desejo comum de contribuir para a construção de um planeta “mais justo, verdadeiro e democrático“. Que tal?

Eixo do mal tropical

Sergei Lavrov desembarcou no Brasil para uma “visita oficial” vestido em mangas de camisa, mostrando logo de cara a importância com a qual tratava o “aliado”, ops, Brasil e a pauta das reuniões locais. Após a estada em Brasília, ele seguiu viagem rumo a Caracas, Havana e Manágua, deixando muito claro como a Rússia de Putin vê o governo o brasileiro e de que lado ele está. 

Brics 2

Ainda sobre os Brics, diferente do Mercosul ou da União Europeia, seus integrantes não formam um bloco econômico. Em 2009, quando foram criados, os fundadores visavam compor uma aliança capaz de transformar suas economias em crescimento, numa influência geopolítica maior. Sede do encontro anual, a África do Sul entrou para o grupo só em 2011.

Formulador

Oito anos antes da criação dos Brics, em 2001, o economista-chefe do banco Goldman Sachs, Jim O’Neill, cunhou a expressão em um estudo da instituição chamado “Building Better Global Economic”, ou “Construindo uma Economia Global Melhor”, em livre tradução. 

Calote maduro

Aliás, pipocam notinhas e matérias na imprensa amiga petista (90,32%) afirmando que o governo brasileiro enfrenta o desgaste internacional das escorregadas do babalorixá petista na defesa do indefensável regime bolivariano, por estar negociando o pagamento de cerca de  seis bilhões de reais que o país deve ao BNDES.

Famintos

Quem acredita que um governo de uma nação insolvente, que viu mais de 5 milhões de compatriotas seus a deixarem para não morrer de fome, tem condições políticas ou dará prioridade a quitar dívida contraída há mais de uma década junto a um país vizinho e “aliado”?

Boric certo

Eis que, em Bruxelas, o líder velho de ideias Lula, chamou o chileno Gabriel Boric de “sequioso e apressado”, após o jovem e pragmático presidente de esquerda criticar os latinoamericanos que discordaram da inclusão de menção à Rússia no comunicado final da Cúpula Celac-UE, encerrada ontem, na Bélgica. 

Sequioso

No dicionário, “sequioso” é aquele que tem sede; que está ávido de beber; sedento.

Perguntar não ofende

E Lula tomou umas lá, pois ninguém é de ferro? Ou uns? Uns daqueles vinhos que ele tanto aprecia, que custam na casa de cinco dígitos e são cultivados na vizinha França? Se sim, quem pagou? O povo brasileiro, via cartão corporativo de gastos secretos?

Presente

Ou um empreiteiro amigo mandou algumas unidades para um compadre seu em algum sítio? Que de lá, natural e inocentemente, outra boa alma fez chegar à adega do aerolula?

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