Sempre gela
O segredo do polichinelo vazou. Coube à agência de notícias France Press informar ao mundo, nesta
quarta-feira, 19, que o líder russo Vladimir Putin novamente não irá comparecer
a uma cúpula de governantes mundiais para além das fronteiras de seu território.
Brics 1
O evento será a Cúpula dos Brics, acrônimo que reúne, como
todo mundo está cansado de saber, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul,
e está marcado para ocorrer entre os dias 22 e 24 de agosto próximos, em
Joanesburgo, na África do Sul.
Ordem de prisão
E a razão para a ausência é a emissão, desde março último pelo
Tribunal Penal Internacional (TPI), de uma ordem de prisão contra ele, em razão
dos crimes de guerra que praticou (e continua praticando) na Ucrânia. O
documento o acusa e culpa pela deportação ilegal de crianças ucranianas.
Pulha
Segundo a agência de notícias, quem irá representar o
autocrata russo, será o seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Sim, aquele pulha que veio ao Brasil após Lula ser signatário de uma nota
conjunta com o ditador chinês Xi Jinping, que falava em “diálogo e negociação”
para dar fim à guerra entre Rússia e Ucrânia, em visita de estado que fez ao
“Império do Meio”, dias antes.
Pimenta no dos outros
Muito fácil propor trégua a um país humilhado, destruído
pelo agressor e invasor, falando de fora, do alto das suas conveniências
ideológicas e mercadológicas. Ali, Lula começou a deixar claro de vez ao
Ocidente em geral e, particularmente, aos seus apoiadores no governo americano
e na União Europeia, para qual lado, afinal, pendia o seu coração “comunista de
sindicato”.
Diga com quem andas
Em solo pátrio, Sergey Lavrov disse que Rússia e Brasil tinham “visões
alinhadas em relação aos acontecimentos” no mundo. Para ele, ambos os países
estavam unidos por um desejo comum de contribuir para a construção de um
planeta “mais justo, verdadeiro e democrático“. Que tal?
Eixo do mal tropical
Sergei Lavrov desembarcou no Brasil para uma “visita oficial” vestido em mangas de camisa, mostrando logo de cara a importância com a qual tratava o “aliado”, ops, Brasil e a pauta das reuniões locais. Após a estada em Brasília, ele seguiu viagem rumo a Caracas, Havana e Manágua, deixando muito claro como a Rússia de Putin vê o governo o brasileiro e de que lado ele está.
Brics 2
Ainda sobre os Brics, diferente do Mercosul ou da União Europeia, seus integrantes não formam um bloco econômico. Em 2009, quando foram criados, os fundadores visavam compor uma aliança capaz de transformar suas economias em crescimento, numa influência geopolítica maior. Sede do encontro anual, a África do Sul entrou para o grupo só em 2011.
Formulador
Oito anos antes da criação dos Brics, em 2001, o economista-chefe do
banco Goldman Sachs, Jim O’Neill, cunhou a expressão em um estudo da
instituição chamado “Building Better
Global Economic”, ou “Construindo uma Economia Global Melhor”, em livre
tradução.
Calote maduro
Aliás, pipocam notinhas e matérias na imprensa amiga petista
(90,32%) afirmando que o governo brasileiro enfrenta o desgaste internacional
das escorregadas do babalorixá petista na defesa do indefensável regime
bolivariano, por estar negociando o pagamento de cerca de seis bilhões de reais que o país deve ao
BNDES.
Famintos
Quem acredita que um governo de uma nação insolvente, que viu mais
de 5 milhões de compatriotas seus a deixarem para não morrer de fome, tem
condições políticas ou dará prioridade a quitar dívida contraída há mais de uma
década junto a um país vizinho e “aliado”?
Boric certo
Eis que, em Bruxelas, o líder velho de ideias Lula, chamou o chileno Gabriel Boric de “sequioso e apressado”, após o jovem e pragmático presidente de esquerda criticar os latinoamericanos que discordaram da inclusão de menção à Rússia no comunicado final da Cúpula Celac-UE, encerrada ontem, na Bélgica.
Sequioso
No dicionário, “sequioso” é aquele que tem sede; que está
ávido de beber; sedento.
Perguntar não ofende
E Lula tomou umas lá, pois ninguém é de ferro? Ou uns? Uns daqueles
vinhos que ele tanto aprecia, que custam na casa de cinco dígitos e são cultivados
na vizinha França? Se sim, quem pagou? O povo brasileiro, via cartão
corporativo de gastos secretos?
Presente
Ou um empreiteiro amigo mandou algumas unidades
para um compadre seu em algum sítio? Que de lá, natural e inocentemente, outra
boa alma fez chegar à adega do aerolula?