O jornal O Globo publicou nesta terça-feira, 15, sobre a perspectiva do preço do açaí subir durante a COP30, em novembro. Com a expectativa de até 50 mil pessoas em Belém, a maioria de fora do país e com previsão de gastos em dólar, deve manter a tigela encarecida na conferência do clima.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará, o preço médio do litro do açaí em fevereiro foi 11% maior do que o do mesmo mês em 2024. Desde o fim da safra, em dezembro, o valor aumentou 20%. Os dados foram divulgados pelo O Globo.

A fama internacional, que deve manter em alta a procura no COP30, já valorizou o açaí ao longo dos últimos 20 anos, período em que deixou de ser uma iguaria amazônica para ser encontrado em quase todo o planeta.

As mudanças climáticas também afetaram a safra do açaí. A produção da última safra foi fecundada há seis meses, no meio da seca histórica do Amazonas, e que prejudicou a colheita do açaí, que vem de uma palmeira que depende de muita água.

O professor Hervé Rogez, entrevistado pelo O Globo, acredita que não vai faltar açaí para a COP30, porque a produção anual vem crescendo em média 7%. Mas os preços tendem a ficar acima do normal, mesmo que barateados pela safra. 

Créditos da imagem: Agência Brasil.