Cassado

Imagem: Antonio Augusto/Divulgação TSE

02/07/2023 13:34
Cassado

O Cassado

A semana que encerrou o mês junino sacramentou no dia 30, uma sexta-feira, a cassação de Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por 5 x 2, como todo mundo estava careca de saber, e, praticamente, somente disso se falou antes, durante e depois, na imprensa de Norte a Sul.

Surpresa de ninguém

A cassação do ex-presidente era dada como certa, inclusive o placar, e tudo já se disse sobre o assunto. Na noite da eleição em 2º turno, 30 de outubro do ano passado, publiquei a respeito na minha página do Facebook.


Legado e vazio

Ato contínuo, só se fala no legado dos 57 milhões de votos obtidos pelo capitão intempestivo e agora inelegível; do cabo eleitoral de luxo em que ele teria se transformado e, sobretudo, nos seus virtuais herdeiros.

Café com Leite

Por óbvio, os nomes dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Romeu Zema (Minas Gerais) largaram na frente. A ex-primeira dama Michele também tem sido citada. O assunto vai pautar a agenda polítca da oposição até as datas convencionais, no primeiro semestre de 2026.

Churchill sempre

Por ora, fica a dica do aforismo sobre tempo e espaço na política pela verve e sabedoria de Sir Winston Churchill: “em política, seis meses são uma eternidade”… Inté.

Torcida

Como também está todo mundo careca de saber, a cassação de Bolsonaro virou tema tipo palpite sobre resultado de final de copa do mundo e, decerto que para todos os bolsonaristas foi uma farsa, na mesma medida inversa por parte de 99,9%  dos petistas.

Nossa Opinião: Furando a bolha

Como aqui não se fica em cima do muro, penso que o ex-presidente fez ou falou por merecer a cassação. Há provas de sobra quanto a isso. O que não apaga a impressão de que a Corte eleitoral não se posiciona sempre como um tribunal técnico, mais parecendo que recebe influências externas e indevidas; que julga de acordo com o perfil do julgado, circunstâncias e características sobre quem é o grupo donatário do poder momentâneo ou hegemônico na capital federal.

A queda e o coice

Como diz o ditado, depois da queda, o coice. Bolsonaro ainda enfrenta mais quinze ações no Supremo Tribunal Federal (STF). Impiedosa, a manchete de capa da Folha de S. Paulo de domingo, 02 de julho, destacou a indicação pelo TSE de que o ex-presidente também será alvo de ações na esfera criminal.

Imagem: Antonio Augusto/Divulgação TSE

O “Relativo”

Enquanto isso em Gotham City, ops, Brasília, durante entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente da República afirmou que o conceito de democracia era relativo para ele.

Os bolivarianos

Luiz Inácio Lula da Silva se referia, claro e evidente, ao modelo bolivariano criado por Hugo Chávez e emulado pelo seu títere Nicolás Maduro. Bastaram pouco mais de 24 horas para que a estultice presidencial fosse contraditada.

A evidência da ditadura abjeta

No atualmente miserável País detentor das maiores reservas de petróleo no mundo, cujo modelo político e econômico tem exportado milhões de famintos, após a declaração de Lula, na quinta, 29, no dia seguinte, o governo de Maduro, por meio da sua “Controladoria de Justiça”, tornou a atual líder das pesquisas e principal nome da oposição, deputada cassada María Corina Machado, inabilitada por 15 anos.

Tudo como dantes…

María Corina segue a mesma sina que ceifou as carreiras políticas de Henrique Capriles e Juan Guaidó.

A eterna vítima do sistema

Agora imaginemos se o que sucede lá, ocorresse cá… Como o retirante, o coitadinho, reagiria caso, ele próprio, o pelego mor da República e seus acólitos do partido que não trabalha, tivessem os seus direitos cassados por um governo que é acusado de sumir com opositores, os humilhar, espancar, oprimir, desterrá-los e bani-los? Qual seria a postura do fanfarrão de Garanhuns?

Foto: Reprodução/ YouTube/ Lula




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