Com o objetivo de desarticular o que classificou como uma “organização criminosa” envolvida em crimes de corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, a Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 30, a Operação Stall.
Oportunidade em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, sendo dois na capital paraense, Belém; oito em Tucuruí e um em Brasília (DF).
Segundo a PF/PA, no caso de Tucuruí, somente em relação à prefeitura municipal, foram cumpridos três pontos de busca. Até o momento foram apreendidos carros, dinheiro, celulares e documentos.
As imagens fornecidas pela corporação levam a indução de que além da prefeitura de Tucuruí, endereços ligados ao atual prefeito reeleito Alexandre Siqueira (MDB) também foram alvo das buscas e apreensões.
Investigação
A investigação teve início após a prisão em flagrante de um policial militar encontrado dentro de aeronave transportando mais de R$1,1 milhão em espécie, em outubro do ano passado.
De acordo com as apurações, o dinheiro era oriundo do estado de São Paulo e seria utilizado para a compra de votos nas eleições daquele mês.
Mecanismo complexo
A partir dessa prisão, a PF aprofundou as investigações e identificou um esquema criminoso envolvendo agentes públicos e empresários em um complexo mecanismo de desvio de recursos e ocultação de valores ilícitos.
Falsificação, lavagem e crime eleitoral
Segundo a PF, as apreensões de hoje devem ajudar a confirmar a suspeita de falsificação de documentos e o uso de uma empresa para lavagem de dinheiro movimentado para o crime eleitoral.
20 anos de cadeia
A investigação segue em andamento e novas diligências serão realizadas para identificar outros envolvidos e aprofundar a análise dos materiais apreendidos.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção eleitoral, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
Com informações Ascom-PF/PA