Duelos imaginários de 2024 e adiante

14/02/2024 13:45
Duelos imaginários de 2024 e adiante

No dicionário Oxford Languages disponível no Google, duelo é um substantivo masculino que significa: “luta previamente ajustada entre duas pessoas, em campo aberto, na presença de testemunhas, com armas iguais escolhidas pelo ofendido, e que tem por objetivo o desagravo da honra de um dos combatentes.”

Segundo o dicionário, a palavra também possui um sentido figurado: “qualquer oposição conflituosa de ideias, forças, pessoas etc.” 

Acrescente aí o uso da palavra de maneira metafórica e como sinônimo de disputa entre adversários políticos.

Dito isso, troque as armas de fato pelas artimanhas e prerrogativas dos cargos em disputa no jogo deles e esqueça “desagravos”, “ofendidos”, entre outras definições sobre o substantivo.

Dentre os “duelos” previstos para o ano da graça de 2024, e não estamos falando daqueles que serão disputados por atletas olímpicos nas Olimpíadas de Paris, confira a seguir os mais esperados e especulados para o período. 

Mesmo filme

Em âmbito internacional, um repeteco ainda mais envelhecido de 2020, na maior potência econômica e militar do planeta, que terá na disputa pela Casa Branca, tudo indica, os mesmos contendores: Joe Biden x Donald Trump.

Guerra ou massacre

Do resultado nos EUA, serão definidos os rumos e as consequências da guerra que Vladimir Putin iniciou contra a Ucrânia. Se der Biden, Zelensky continuará liderando a resistência heróica de seu país. Uma vitória de Donald Trump deve selar o destino dos ucranianos, no sentido do quase isolamento deles e o abandono da nação agredida, à própria sorte.

Prisão quando e como

No Brasil, o grande duelo para este ano será entre um político, Jair Bolsonaro, e um ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. Com a divulgação do “vídeo do golpe”, na operação contra Bolsonaro e seus generais, analistas de todos os matizes dão como certa a sua prisão, ainda que não se possa precisar a data. 

Xandão x bolsominions

O “time” do ministro do STF e do TSE tem Lula, canetas com muita tinta, PT, diário oficial, milhares de cargos e, quase oficialmente, cerca de 30% da população. 

Bolsonaro x Xandão

Com Bolsonaro vai a turma que ele convocou para a avenida Paulista, dia 25 deste mês, que pertence aos outros cerca de 30% da população “capturada” pelo capitão, sua tropa de choque no Congresso Nacional e políticos de alguma ou nenhuma expressão.

São Paulo na reta

Claro e evidente, para o jogo central da política, a grande disputa, a da jóia da coroa, é a que vai ser travada em São Paulo. Pela primeira vez a eleição na maior, mais rica e populosa capital do país, a paulista, vai envolver MDB contra PSOL com o apoio de Lula.

Belém no alvo

Também de maneira inédita, Belém está sendo peça de propaganda contra o candidato de Lula e do PSOL, Guilherme Boulos, derrotado em 2020 por Bruno Covas. 

“Vitrine”

Usando a gestão Edmilson Rodrigues como “vitrine”, o candidato à reeleição Ricardo Nunes e outros adversários retratam na pauliceia o risco que a metrópole pode correr, caso vença o partido de Boulos, cujas ideias e práticas estão deixando a capital paraense em petição de miséria.

Ed x Belém

O maior adversário de Edmilson Rodrigues é a sua gestão. Logo, a maioria da população de Belém. Aqui, a disputa vai ser plebiscitária. Quem a aprova, cerca de 06% da população hoje em dia, estará com ele. 

Sonho ou pesadelo

Caso tudo lhe sorria, tipo, por exemplo, MDB e PT coligarem com o partido ou o apoiarem extraoficialmente, incluídas hipotéticas candidaturas oficiais incapazes de superar a do atual prefeito, permitindo assim, uma composição em segundo turno, talvez, quem sabe, se opere um milagre. No caso, uma hoje mega improvável reeleição, a palavra, pra Ed e PSOL, chave, única que importa.

Articulação

Somente uma enxurrada de recursos estaduais e federais - a COP 30 é uma grande aliada -, pode promover uma mudança de humor do eleitorado e fazer subir a aprovação do alcaide. 

Corrida de obstáculos

Em seguida, a base de Lula unida em Belém poderá atingir algo próximo de cerca de 30% de intenções de votos, teto histórico de Ed nas muitas eleições passadas em primeiros turnos. Um sonho distante pra uns. Um idílio para outros.

PSOL-PT-MDB x PL

Reflexo da polarização nacional, tudo leva a crer que a disputa em Belém se dará de um lado, entre o PSOL do atual prefeito, o PT e o MDB, e do outro, o PL, do deputado federal Eder Mauro.

Vale tudo

Tirem as crianças da sala, porque a briga não será entre noviças e o bicho vai pegar. Com as últimas revelações em Brasília, o acirramento da polarização é questão de tempo. E é quase certo que um “Vale Tudo” ocorra a partir das próximas datas eleitorais em diante.

Quem?

A pergunta de um milhão de dólares continua sendo como Helder e Lula irão se portar em relação ao PSOL, quem apoiarão nas datas convencionais e como vão reagir às pressões entre aliados e interessados por tirar o alcaide do Antônio Lemos, a partir de 2025?

Cascas de bananas

É quase um malabarismo impossível de se sustentar conseguir agradar Lula, PT, MDB e o que resta de chance para reeleger o prefeito do PSOL em Belém. Mas 2025 tem COP e Helder quer um prefeito aliado como seu coanfitrião.

Hana x Daniel

Há quem diga que Helder vai tirar Hana da cartola aos 45 do segundo tempo e a indicará como candidata à PMB. Também têm os que duvidam, e pagam pra ver a coragem do prefeito, caso seja reeleito, em enfrentá-la, como Helder deu a entender, na frente do próprio Daniel, em cerimônia ainda em 2023, uma vez que permaneça na cadeira de vice em 2026, assuma o governo e seja candidata à reeleição. Ufa! 

Duelo de Titãs

Helder Barbalho x Dr Daniel. Em terras paraoaras, sobretudo nos seus maiores colégios eleitorais, Belém e Ananindeua, o duelo entre os dois políticos é o mais aguardado para este e os próximos anos.

Encontro marcado

A aguardada contenda entre ambos é considerada uma questão de “eleições contadas”. Rusgas e sinais cada vez menos velados povoam cochichos, notinhas, mal entendidos, disse me disse, intrigas, futricas e potocas. 

2026-2030 

Descartada uma candidatura presidencial ou vice de Lula, em 2026, no curso natural da história, um Helder eleito senador e fazendo a sucessora torna-se candidato natural a governador em 2030.

Dilema D

Como todos nós, também ao dr. Daniel implicam as questões do tempo e dos desígnios. Uma vez reeleito em 2024, caberá a ele decidir o que fazer a partir de 2026, pois, na política, ter mandato é uma coisa é não dispor dele, outra completamente distinta. Em seguida, será a vez dele decidir quando seu nome vai estar disponível nas urnas de novo, se em 2026 ou somente 2030.

Lira x Lula

Outro duelo que promete, será aquele que também está marcado entre o “Centrão”, leia-se Arthur Lira, o PT e o governo, leia-se Lula. A disputa é pela presidência da Câmara dos Deputados e o candidato do atual presidente, tudo indica, será o baiano Elmar Nascimento, do União Brasil. Lula, o PT e quem não estiver com eles, serão os adversários da hora.  

Na província

Por aqui, é aquela velha história: pré-candidato A contra pré-candidata B, contra pré-candidato C, contra pré-candidato D. 

Dedaço

Aí vem quem manda - tem poder, dinheiro, votos, cargos -, e aponta o dedo: “É você!”. E faz-se a aposta. 

Milharal

Enquanto isso, haja plantação de notas, fuxicos, “elogios”, fogo amigo, queimação, pesquisas fakes, especulação, poucos fatos e muitas versões.


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