Em novembro de
2023, publiquei em O Amazônico a coluna “Pesquisas e ‘pesquisas’
eis a questão”. Para nossa alegria, o texto foi lido por centenas de pessoas
neste site que engatinhava ainda mais, naquele tempo, em seu quarto mês de
lançado.
Eram dias nos quais as fãs de Silvio Santos ainda sonhavam com o retorno aos palcos no nonagenário dono do Baú da Felicidade, o X era liberado por essas paragens, Alexandre de Moraes permanecia detestado por meio Brasil, Joe Biden seria candidato à reeleição, quase ninguém fora das redes sociais sabia quem era Pablo Marçal, outro Silvio, o Almeida, era um dos “ativos morais” do Lula III e Boninho, intocável na Rede Globo.
Na supracitada coluna, escrevi um “box” com o título “O pesquisador e o poste”, no qual disse: “Há um pesquisador sério, respeitado, avis rara “nessa terra de capachos” - royalties para Paulo Francis…” aqui para ler.
Para tristeza da sua família, amigos e colaboradores, ele faleceu em julho e agora posso revelar o seu nome: o saudoso economista e estatístico apaixonado por pesquisas de opinião Renato Condurú.
Como se vê, dez meses depois, as únicas coisas que permanecem as mesmas no Bananão são o péssimo futebol da Seleção Brasileira e a desconfiança que paira sobre pesquisas pra lá de suspeitas, pra não dizer fakes. E impunes.
Doxa e Daniel
Comecemos pela Doxa Arte & Comunicação Ltda., que em 27
de agosto registrou uma pesquisa no TRE-PA, conforme obriga a lei no período
eleitoral, sobre a refrega de Ananindeua.
A sondagem afirma, dentro da margem de erro (larga ou estreita quando convém para a empresa), que o atual prefeito possui redondos 87% das intenções de votos, “81,3% a mais que o candidato do MDB”, segundo publicação no próprio site.
Mentor: 11,4% a menos
Cinco dias após, em 01 de setembro, outra empresa, Mentor Soluções em
Informática Ltda., registrou nova rodada sobre os números no município onde é
travada uma batalha nem tão indireta assim, pessoal ou “figadal” entre o mais
popular, poderoso e bem avaliado líder político paraense da atualidade, o
governador Helder Barbalho, e o prefeito Daniel Santos.
Divulgada no dia 08 no site www.mentorpesquisas.com.br, a abordagem diz que Daniel possui 75,6% das intenções de votos estimulados, contra 7,4% do emedebista Antonio Doido, Ou seja: 11,4% a menos do que afirma a Doxa e Arte.
13 pontos de diferença
Moral da história: na pesquisa Doxa, Doido tem 5,7% dos votos, enquanto na
sondagem da Mentor, 7,4%. Diminuídos os 81,3% da Doxa pelos 68,2% da Mentor, o
resultado é 13,1%.
Quem é o artista dos dois?
E olhe lá
Por essas, outras e mais algumas, bem como em nome do passado de tantos
desses “institutos”, quando forem abertas as urnas em 06 de outubro, se o Dr
Daniel aparecer com 70% dos votos válidos, já será muito. E bom demais. E
parabéns.
Me engana versão 2018
Não custa lembrar que se a “Doxa” estivesse certa em 2018, o vencedor da
eleição para governador do Pará teria sido o então democrata e presidente da
Alepa, deputado Márcio Miranda, a quem foi atribuída uma liderança que nunca
houve na pesquisa feita pela empresa e publicada por quem quis no dia do 2º
turno. Pura “arte”.
Abertas as urnas, o candidato foi derrotado por cerca de 11% dos votos válidos.
13 em Belém
De 25 de agosto, com o registro dos números deste sim, o gabaritado instituto
Quaest, Pesquisas, Consultoria e Projetos Ltda., até quinta-feira, 12 de
setembro, quando o Instituto Veritá Ltda registrou a última rodada até então
sobre o quadro em Belém, haviam sido registradas 13 sondagens na justiça
eleitoral.
Dica
Procurar saber os números do Quaest e do Paraná, estes últimos registrados no
dia 27 do mês passado. E aguardar se haverá novas rodadas destes dois para
poder avaliar a performance dos candidatos até lá.
Marabá e números opostos
No sudeste paraense, na cidade mais importante, a histórica (e pioneira)
Marabá, sondagem realizada pela empresa Ampla Pesquisa de Opinião Pública,
registrada no TRE-PA em 08/09 e divulgada ontem, sábado, 14, apontou o
candidato bolsonarista Toni Cunha (PL), liderando pela primeira vez.
Empate técnico
Caso seus números retratem a verdade, Marabá terá uma das mais acirradas
disputas do Estado. Segundo a pesquisa estimulada da Ampla, o deputado estadual
Toni Cunha lidera com 39,4% contra exatos 34% dos votos válidos para o
candidato do MDB, o também parlamentar na Alepa, Chamonzinho.
Na pesquisa, Dirceu Ten Caten, do PT, apresentou 6,3% das intenções, enquanto 27,5% responderam que não sabem quem leva seus votos no dia 06/10. Uma avenida e tanto, portanto, desafia os candidatos em busca da vitória.
Doxa e 27,9%
Outra revelação, se confirmado o empate, envolve novamente a
controvertida Doxa e Arte, que afirmou em seu site quatro dias antes de
divulgados os números da empresa marabaense, a “ampla” dianteira de 27,9% do
emedebista Chamonzinho (53,1%) em desfavor do bolsonarista Toni Cunha (25,2%).
Se a favor de Chamon favorecem os apoios de Tião Miranda e Helder, Lula “ajuda” Cunha. Segundo os números da rival da Doxa, a Ampla, a gestão do petista é desaprovada por 53,4% dos eleitores locais.
Faltando três semanas, 21 dias, para a “hora do vamo vê”, O Amazônico vai informar e opinar sobre números que forem divulgados na capital novamente, desses e de outros municípios do estado.
Sempre alerta sobre disparates divulgados a torto, à esquerda, ao centro e à direita quando o assunto é a sagrada opinião e intenção de voto do cidadão no estado democrático de direito.
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