Janja politiza o apagão. Áulicos do PT seguem a ambiciosa 1ª dama.

Imagem Agência Brasil

17/08/2023 11:36
Janja politiza o apagão. Áulicos do PT seguem a ambiciosa 1ª dama.

Ilustração Rede X

“Dona da verdade”

Enquanto a lua de mel entre Fernando Haddad e Arthur Lira ia para o beleléu, após declaração infeliz do ministro da Fazenda em entrevista ao neolulista Reinaldo Azevedo, e até o acerto seguinte com o manda chuva do Centrão, Janja da Silva, a influente 1ª dama do Brasil, tirou o dia ontem para politizar o apagão da véspera, 15 de agosto. 

1ª dama e ministro

Uma nada enigmática postagem na rede “X”, o novo velho Twitter, em que escreveu sob letras maiúsculas (grito nas redes mundiais) que “A ELETROBRAS FOI PRIVATIZADA EM 2022”, ganhou o apoio delinquente e precipitado de líderes petistas, contaminando até o enfraquecido ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, capaz de afirmar que a privatização da empresa fez mal ao Brasil e deixar no ar uma suspeita de sabotagem sem nenhuma evidência a respeito. 

Delinquência e reparação

Fundamentado em que argumentos ele disse isso? Quais os parâmetros utilizados? O ataque especulativo a uma empresa em que um terço das ações pertencem à União, e possui acionistas como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Previ, feito pelo ministro de Estado a quem caberia velar pelo patrimônio público e defendê-lo, não implica em nenhuma medida legal que o responsabilize pelas consequências de uma fala delinquente? E sobre uma hipotética sabotagem?

Diagnóstico

Bastaram pouco mais de 24 horas após a declaração desarrazoada e infeliz, para que o mesmo Silveira afirmasse que a responsabilidade pelo apagão nacional - o maior desde 2009 -, foi a falha técnica em uma linha de transmissão da Eletrobras, no Ceará.

Pequena magnitude

Relatório preliminar do Operador Nacional do Sistema (ONS) indica que a ocorrência de um “erro de programação” impediu o sistema de proteger o restante do país. O tal do equívoco teria ocasionado outras falhas que ainda devem ser apuradas. Detalhe: o “erro” foi considerado de pequena magnitude; imagine-se um de grande…

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Quem conhece do riscado e vive entre Brasília, Paraná e São Paulo, afirma que o proselitismo e demonização da privatização da Eletrobras pela 1ª dama nada mais é do que a tática que ela utiliza para se colocar, ainda que veladamente, como herdeira política do marido, sob o manto de uma narrativa em que possui ideias e luz próprias, além de ser militante histórica do PT.

Janja x Michele

Janja ambiciona, sobretudo em oposição à preeminência da rival Michele Bolsonaro, mais popular que ela própria nas redes sociais e pesquisas de opinião, aspirações presidenciais, garantem as fontes ouvidas com base nos três núcleos de poder.

Rivais internos

E mais: a 1ª dama se comporta como “sócia” do governo e donatária de espaços, apadrinhados, exercendo uma influência que incomoda e enfrenta a oposição velada ou não de antigos capas pretas do PT, Gleisi Hoffmann incluída. A presidente do partido é natural do Paraná, berço da militante que conquistou o chefão e fez carreira na Itaipu.

Por aqui a rotina se foi

Passava pouco mais de 8h20 do dia 15 de agosto, data da Adesão do Pará à Independência do Brasil, quando a energia elétrica se foi enquanto dona Maria de Lourdes lavava a louça olhando o canal da Doca, João Carlos encostava o táxi no ponto da cooperativa do shopping próximo e Manoel sorvia o primeiro café do dia numa tradicional padaria do bairro.

Transtornos e prejuízos
No Pará e seu ensolarado verão amazônico no auge, era dia de feriado para alguns e, em relação aos que “enforcaram” a segunda, um feriadão em seu final. Mas no encerramento do dolce far niente pelos quatro cantos do quase continental estado brasileiro, maior economia e mais populoso da região Norte, a data viraria um caos.

Seis horas de agonia

Caos esse que se estenderia até por volta de pouco depois das 14 horas, após cerca de seis horas de agonia, com o registros de ocorrências pelos transtornos e prejuízos causados em todos os cantos.

Gato escaldado erra

Quando luzes acesas e eletrodomésticos se apagaram no início da manhã, ressabiados pelos transtornos e dezenas de idas e vindas da energia durante vendaval de 19 de julho e a manhã seguinte, incautos belenenses achavam se tratar de mais uma falha do sistema local gerido pela Equatorial Energia, quando, na verdade, era um apagão não em parte ou toda a cidade, mas quase no Brasil inteiro.

Podia ter sido pior

Entre os transtornos e prejuízos de sempre, com a falta de energia em todos os semáforos da cidade, a imprensa local registrou um acidente - oxalá sem vítimas -, numa esquina da principal via de acesso à capital, a avenida Almirante Barroso. Como o apagão foi entre a manhã e o início da tarde, e ocorrido num feriado, seus efeitos, prejuízos e transtornos poderiam ter sido ainda piores.

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