Ministro Celso

10/07/2023 18:35
Ministro Celso

Ministro Celso
Uma novela que se estende há mais de mês, a nomeação do deputado federal paraense Celso Sabino deve sair no Diário Oficial da União (DOU), finalmente, esta semana. Pelo menos assim esperam os dirigentes do União Brasil, partido do parlamentar.

Reunião adiada 

Na última quinta-feira, 06, o governo (leia-se ministro Alexandre Padilha), anunciou a realização de uma reunião onde seria batido o martelo. O encontro, todavia, não deve mais acontecer por esses dias. O motivo para o adiamento é o esvaziamento de Brasília após as votações da Reforma Tributária e a nova regra do Carf.

Diretrizes

No Pará, a expectativa é ouvir do próprio futuro ministro quais os seus objetivos e diretrizes para a área no seu estado natal, em tempos de preparação, e diante da atmosfera gerada pela realização da COP 30 na capital, Belém.

Pente fino

Após passar por um verdadeiro pente fino e fogo amigo, especialmente por parte da mídia e dos políticos do Rio de Janeiro, incomodados com a perda da pasta do Turismo para o político paraense, Sabino foi tema de nota na coluna do jornalista Elio Gaspari, publicada neste domingo, 09, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, e distribuída para vários periódicos do Brasil.

Gaspari e Lula

O assunto foi uma publicação de 2016 no Facebook do deputado, em que o virtual ministro do Turismo falava sobre a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil de Dilma Rousseff.  A rede social de Sabino mencionava  a “manobra” que garantiria o foro privilegiado de Lula, e as acusações que pairavam contra si.  

Excesso de provas

Ora, entre os anos de 2016 e 2018,  auge do apoio da população à Operação Lava Jato, difícil seria encontrar alguém que apoiasse Lula, para além das fileiras do PT, diante do excesso de provas e evidências contra si, e em meio a tudo que se descortinara com o Petrolão.

Ciro e Camilo

Aliás, segundo revelou Ciro Gomes outro dia em entrevista, até no PT havia quem pensasse em debandar do partido. O ex-ministro afirmou que o então governador do Ceará, seu aliado à época, lhe disse que, com a condenação de Lula e a decretação de sua prisão, iria deixar a agremiação.

Rato

Foi então que o político cearense do PDT teria lhe dito que a população iria compará-lo a ratos de navios naufragados, “os primeiros a deixarem o barco”, o que o levou a desistir da ideia.

Mutatis mutandis

Desde então, todos sabemos o que aconteceu: Ciro derreteu, rompeu com o PT do Ceará e metade dos irmãos, dizendo cobras e lagartos de todos. Já o sucessor de Cid Gomes no Palácio da Abolição tornou-se ministro da Educação, presidenciável, permanece aliado do senador da família Ferreira Gomes e foi o fiador do vencedor na disputa contra o candidato de Ciro ao governo do Ceará.

Cena do crime

Mas o vencedor dos “troféus” “cavalo de pau” e “esqueçam o que disse”, foi o atual vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Em 2017, durante evento do PSDB, o então governador de São Paulo afirmou que, “após ter quebrado o Brasil”, Lula queria voltar à cena do crime. E ninguém não diz mais nada sobre isso, amigos para sempre que ele e o presidente se tornaram.

Caça Lira

Enquanto isso, em Brasília, permanece a “operação caça Lira”. A turma simpática ao PT e Lula na imprensa (para dizer o mínimo), bem como jornalistas que merecem respeito, não poupam o presidente da Câmara dos Deputados, que não para de dar motivos para tanto.

Padrinho

Padrinho da indicação de Celso Sabino ao Ministério do Turismo, Arthur Lira entregou semana passada uma vitória consagradora ao governo, com a aprovação por 375 votos em 2º turno da Reforma Tributária, 67 a mais do que o necessário.

Day after

No dia seguinte, ele conseguiu para Lula, Haddad e companhia, a aprovação do retorno do voto de qualidade para o governo nas lides do Carf contra os contribuintes, com a qual, estima-se o aumento em cerca de 50 bilhões na arrecadação federal.

Kit da discórdia

No mais, Arthur Lira apanha da imprensa dia sim, outro também, com novas revelações e vazamentos recorrentes, sobre os tais dos “kits de robótica”. Segundo Fernando de Barros e Silva, na edição de julho da revista piauí, as investigações estão cada vez mais próximas e comprometedoras para o presidente da Câmara dos Deputados.

O Queiroz de Lira

O colunista chega a recomendar que o leitor “guarde” o nome de Luciano Cavalcante, o qual, segundo ele, trata-se de uma versão “Fabrício Queiroz com Mauro Cid”, do deputado. Cavalcante vem a ser aquele que perdeu o emprego no PP, partido de Lira, após a operação de busca e apreensão contra ele e seu motorista.

Sob fogo no cerrado

Jornalista dos mais respeitados de Brasília, tanto em razão da sua ética profissional, quanto pelo brilho pessoal, o veterano Josias de Souza é outro que acossa Arthur Lira dia sim, dia não. Primeiro, no sábado, 08, em sua coluna no portal UOL, o colunista revelou os bastidores da decisão do onipresente ministro do STF, Gilmar Mendes, que trancou o inquérito contra o alagoano.

Crime compensa

Nesta segunda-feira, 10, Josias bateu ainda mais forte. Novamente sobre o escândalo dos “Kits de Robótica”, o colunista destacou já no título da coluna do dia, que, no caso de Arthur Lira, o crime compensa.

Conivência

Ao cabo e ao fim, tanto Fernando de Barros e Silva, quanto Josias de Souza, dão a entender a mesma coisa: que está em curso um acordão daqueles típicos de Lula, STF, Brasília, o PT e aliados.

Desculpa

A desculpa de sempre é que, o caso dos “Kits de Robótica” gera desconforto no momento em que a Câmara vota e aprova os projetos de interesse do País, como a Reforma Tributária, e do governo (Carf). Convém lembrar que a cereja do bolo para os petitas, é a aprovação do “arcabouço fiscal”, que parece ter ficado para agosto.

Posse

E a posse de Celso Sabino vai ser quando mesmo?

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