Ministro Celso
Uma novela que se estende há mais de mês, a nomeação do deputado federal
paraense Celso Sabino deve sair no Diário Oficial da União (DOU), finalmente,
esta semana. Pelo menos assim esperam os dirigentes do União Brasil, partido do
parlamentar.
Reunião adiada
Na última quinta-feira, 06, o governo (leia-se ministro Alexandre
Padilha), anunciou a realização de uma reunião onde seria batido o martelo. O
encontro, todavia, não deve mais acontecer por esses dias. O motivo para o
adiamento é o esvaziamento de Brasília após as votações da Reforma Tributária e
a nova regra do Carf.
Diretrizes
No Pará, a expectativa é ouvir do próprio futuro ministro quais os seus
objetivos e diretrizes para a área no seu estado natal, em tempos de
preparação, e diante da atmosfera gerada pela realização da COP 30 na capital,
Belém.
Pente fino
Após
passar por um verdadeiro pente fino e fogo amigo, especialmente por parte da
mídia e dos políticos do Rio de Janeiro, incomodados com a perda da pasta do
Turismo para o político paraense, Sabino foi tema de nota na coluna do
jornalista Elio Gaspari, publicada neste domingo, 09, nos jornais O Globo e
Folha de S. Paulo, e distribuída para vários periódicos do Brasil.
Gaspari e Lula
O
assunto foi uma publicação de 2016 no Facebook do deputado, em que o virtual
ministro do Turismo falava sobre a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil
de Dilma Rousseff. A rede social de
Sabino mencionava a “manobra” que garantiria
o foro privilegiado de Lula, e as acusações que pairavam contra si.
Excesso de provas
Ora,
entre os anos de 2016 e 2018, auge do
apoio da população à Operação Lava Jato, difícil seria encontrar alguém que
apoiasse Lula, para além das fileiras do PT, diante do excesso de provas e
evidências contra si, e em meio a tudo que se descortinara com o Petrolão.
Ciro e Camilo
Aliás,
segundo revelou Ciro Gomes outro dia em entrevista, até no PT havia quem
pensasse em debandar do partido. O ex-ministro afirmou que o então governador
do Ceará, seu aliado à época, lhe disse que, com a condenação de Lula e a
decretação de sua prisão, iria deixar a agremiação.
Rato
Foi
então que o político cearense do PDT teria lhe dito que a população iria
compará-lo a ratos de navios naufragados, “os primeiros a deixarem o barco”, o
que o levou a desistir da ideia.
Mutatis mutandis
Desde então, todos sabemos o que aconteceu: Ciro derreteu, rompeu com o PT do
Ceará e metade dos irmãos, dizendo cobras e lagartos de todos. Já o sucessor de Cid
Gomes no Palácio da Abolição tornou-se ministro da Educação, presidenciável, permanece aliado do senador da família Ferreira Gomes e foi o fiador do vencedor na disputa contra
o candidato de Ciro ao governo do Ceará.
Cena do crime
Mas
o vencedor dos “troféus” “cavalo de pau” e “esqueçam o que disse”, foi o atual
vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Em 2017, durante evento do PSDB, o
então governador de São Paulo afirmou que, “após ter quebrado o Brasil”, Lula
queria voltar à cena do crime. E ninguém não diz mais nada sobre isso, amigos
para sempre que ele e o presidente se tornaram.
Caça Lira
Enquanto
isso, em Brasília, permanece a “operação caça Lira”. A turma simpática ao PT e
Lula na imprensa (para dizer o mínimo), bem como jornalistas que merecem
respeito, não poupam o presidente da Câmara dos Deputados, que não para de dar motivos
para tanto.
Padrinho
Padrinho
da indicação de Celso Sabino ao Ministério do Turismo, Arthur Lira entregou
semana passada uma vitória consagradora ao governo, com a aprovação por 375
votos em 2º turno da Reforma Tributária, 67 a mais do que o necessário.
Day after
No dia seguinte, ele conseguiu para Lula, Haddad e companhia, a
aprovação do retorno do voto de qualidade para o governo nas lides do Carf contra os
contribuintes, com a qual, estima-se o aumento em cerca de 50 bilhões na
arrecadação federal.
Kit da discórdia
No
mais, Arthur Lira apanha da imprensa dia sim, outro também, com novas
revelações e vazamentos recorrentes, sobre os tais dos “kits de robótica”.
Segundo Fernando de Barros e Silva, na edição de julho da revista piauí,
as investigações estão cada vez mais próximas e comprometedoras para o
presidente da Câmara dos Deputados.
O Queiroz de Lira
O colunista chega a recomendar que o leitor “guarde” o nome de Luciano
Cavalcante, o qual, segundo ele, trata-se de uma versão “Fabrício Queiroz com
Mauro Cid”, do deputado. Cavalcante vem a ser aquele que perdeu o emprego no
PP, partido de Lira, após a operação de busca e apreensão contra ele e seu
motorista.
Sob fogo no cerrado
Jornalista
dos mais respeitados de Brasília, tanto em razão da sua ética profissional,
quanto pelo brilho pessoal, o veterano Josias de Souza é outro que acossa
Arthur Lira dia sim, dia não. Primeiro, no sábado, 08, em sua coluna no
portal UOL, o colunista revelou os bastidores da decisão do onipresente
ministro do STF, Gilmar Mendes, que trancou o inquérito contra o alagoano.
Crime compensa
Nesta
segunda-feira, 10, Josias bateu ainda mais forte. Novamente sobre o escândalo
dos “Kits de Robótica”, o colunista destacou já no título da coluna do dia,
que, no caso de Arthur Lira, o crime compensa.
Conivência
Ao cabo e ao fim, tanto Fernando de Barros e Silva, quanto Josias de
Souza, dão a entender a mesma coisa: que está em curso um acordão daqueles
típicos de Lula, STF, Brasília, o PT e aliados.
Desculpa
A desculpa de sempre é que, o caso dos “Kits de Robótica” gera desconforto no
momento em que a Câmara vota e aprova os projetos de interesse do País, como a
Reforma Tributária, e do governo (Carf). Convém lembrar que a cereja do bolo
para os petitas, é a aprovação do “arcabouço fiscal”, que parece
ter ficado para agosto.
Posse
E a posse de Celso Sabino vai ser quando mesmo?