As guerras contra o invasor (Rússia) e o terror (Hamas) permanecem pautando e alarmando a (má) sorte atual do mundo civilizado, composto pelas nações democráticas de fato, não só de direito, enquanto demagogos e ineptos permanecem enfurecendo o povo e apavorando a Terra.

Lula rifa Haddad

“Grotesco” ou “Notas nada promissoras” também poderiam ser o título desta coluna. Afinal, na seara doméstica, o assunto que dominou os debates teve início na sexta-feira, 27 de outubro, quando Lula disse em entrevista coletiva que a meta fiscal não deve ser cumprida em 2024. 

O Brasil não precisa

“Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso”, disse ele. 

Filme antigo

A fala teve o impacto negativo que dela se esperaria e vindo de quem veio. Pior, contraria todas as boas práticas das economias que se desenvolvem e prosperam no combate à pobreza e desigualdade.

Humilhação

Em outras palavras, o presidente desautorizou seu principal ministro, Fernando Haddad, e a meta que ele defende desde sempre, de zerar o déficit das contas no próximo exercício. Por menor que fosse a verossimilhança do êxito, o gesto rifou a condução de Haddad e suas consequências já tiveram início.

Rival  

Na esperança da metamorfose ambulante que derrotou por pouco Bolsonaro dar mais um cavalo de pau e desistir da candidatura à reeleição, as más línguas do Planalto espalharam por Brasília que a fala de Lula, além de Gleisi Hoffmann, teve o incentivo do chefe da Casa Civil, Rui Costa. 

2026

Segundo a versão, ambos são rivais na preferência de Lula, numa hipotética desistência do presidente em 2026. A versão encontra guarida na edição deste domingo, 04, de O Liberal, divulgada que foi na coluna Cláudio Humberto, reproduzida no periódico. 

Repercussão

Só se falou disso e, na esteira, o assunto que seria o principal, a votação da Reforma Tributária no Senado, ficou em segundo plano, com viés de baixa para Haddad (e o governo), na medida em que, naturalmente, a fala de Lula influenciou o humor dos políticos, donos de apetites insaciáveis quando o assunto gira em torno dos próprios interesses.  

Na imprensa

Na imprensa não lulopetista a demonstração de desprestígio da fala repercutiu como devia, bem como naquela que pisca pra Lula, mas não é cega sobre suas responsabilidades pretéritas, no exercício do cargo e as impropriedades de variada natureza que tem proferido.

Rasteira

Em entrevista, o economista e ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou que Lula deu uma rasteira em Haddad.

Na imprensa II

Para Elio Gaspari, o gesto demonstrou que Lula continua o mesmo, se portando como “um urso que come os donos”. Segundo ele, o babalorixá assim o fez com Palocci, que explodiu, e Zé Dirceu, que engoliu calado, para ficar nos mais famosos. Ambos um dia especulados como eventuais sucessores, tais quais Haddad.

Na imprensa III

Já Dora Kramer, também dando como possível, por razões que passam pela idade avançada em 2026 (Lula terá 81 anos), a hipótese da não candidatura nas próximas eleições presidenciais, fazendo o que fez, o petista fragiliza aquele apontado como provável sucessor, ao contrário do que fizera Itamar Franco com FHC.

Na imprensa IV ou Balzac I

Mário Sabino responsabiliza a inveja de Lula à “juventude” de Haddad, que contaria 61 primaveras atualmente, contra as 78 recém-completadas do patrão e, sob alguns olhares, por ser um “bonitão”. Analista culto e experimentado, o antigo antagonista fundamenta em Balzac a afirmação sobre as razões do boicote de Lula.

A Comédia Humana e Freud

Obra-prima monumental do prolífico escritor e pensador francês que precedeu as publicações sobre o comportamento humano de Sigmund Freud. Todavia, como nos textos de quem foi contemporâneo do austríaco, como Proust e Wilde, a análise comportamental e os motivos que levam a ela pelo francês e divulgados por Sabino, encontram similares no que seria desvendado pelo pai da psicanálise mais adiante. 

A mente de Lula 

Metamorfose ambulante autoproclamada, urso que come o dono, invejoso, calculista, afinal, na nossa modesta opinião, a diatribe de Lula contra Haddad é o retrato empírico do quer ele queria ser: um autocrata, caudilho, ditador, como queiram. 

Ego maior

A história mostra que “ai de quem” ouse tentar lhe fazer sombra ou sonhe ser ele capaz de safar pele outra que não a própria em face dos seus interesses pessoais.

Coisa de burguês

Diante da situação, cumpre registrar que a democracia para os entusiastas de Karl Marx e Antonio Gramsci é coisa de burguês. 

Eleições Sinjor

Aliás, por essas paragens, naquele que pelo menos em tese deveria zelar pelo cumprimento das regras do jogo, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), a democracia vem sendo solapada em passos e ações diárias. 

Renova

Tudo por conta da candidatura do jornalista Evandro Corrêa que sofre, semana após semana, desde que se avizinha o pleito de 20 de novembro, ataques, boicotes, manobras  e manipulação de informações.

Raízes e questionamentos

As atitudes vêm sendo denunciadas, mas o desespero da turma do atual presidente, Vito Gemaque, ele incluído em filigranas jurídicas e trapaças administrativas, induz a uma antevisão de derrota. 

Caixa-preta

Os ardis e posturas nada edificantes de dirigentes levam a ilações e especulações sobre o que tanto eles temem perder ou esconder. Laranjas que abram o olho se a caixa-preta for aberta.