Persona non grata

Em matéria de fala desastrosa, Lula se superou e indignou meio mundo que ainda se surpreende com o seu sectarismo e, mais do que nunca, antissemitismo.

21/02/2024 14:03
Persona non grata

Sexta-feira, 16 de fevereiro, Jarp, cidade onde vivem cerca de cinco mil habitantes, localizada em Yamalia-Nenetsia, região remota da Rússia, ao norte do país.

Para se ter ideia quão inóspita e gelada é, Jarp fica ainda mais além do Círculo Polar Ártico. Ali estão instaladas diversas colônias penais. No pós-guerra, locais como esses ficaram conhecidos como “Gulags”.

O ditador Joseph Stálin, dizem, mandou exterminar ou deixou que morressem de fome mais de 20 milhões de russos em prisões como essas. Crueldade e genocídio, você vê por ali. 

Alexey Navalny, principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, morreu aos 47 anos numa dessas prisões.

Sua morte foi comunicada oficialmente pelo Serviço Penitenciário Federal do país, na gelada sexta-feira em que ocorreu, mesma instituição oficial a declarar que investigação das causas permanecem sendo apuradas.

E ainda há quem duvide quais seriam as causas, sobretudo no Kremlin e entre os aliados externos mais fiéis de Vladimir Putin, como o presidente brasileiro Lula da Silva, que demorou mais de 48 horas para se pronunciar sobre.

E quando o fez, para surpresa de ninguém, saiu-se como defensor das garantias e do devido processo legal, para que se cheguem a elas.

400 presos

Para quem já afirmou que na Venezuela há democracia de sobra, registra-se a prisão de mais de quatrocentas pessoas durante as homenagens ao líder da oposição russa.

Domingo, 18 de fevereiro, Adis abeba, Etiópia - 1ª parte

Questionado na capital etíope sobre a morte do opositor russo, o brasileiro disse que, se há  alguma suspeita, que primeiro se investigue. Lula também declarou que há a necessidade de se aguardar os laudos dos médicos legistas, para que se possa fazer um “pré-julgamento”.

Mostrando zero empatia pela forma e razões da detenção do russo ou tampouco sensibilidade quanto as condições locais da prisão - das mais rígidas do país - os “invernos longos, escuros e frios", com direito a nuvens de mosquitos no verão, ele também jamais demonstrou se sensibilizar com as dezenas de mortes por envenenamento, assassinato, “suícidios” ou explosões de antigos aliados tornados inimigos e condenados por discordarem ou contrariarem o autocrata russo ex-KGB.

Domingo, 18 de fevereiro, Adis abeba, Etiópia - 2ª parte

Mas o pior do show de horrores promovido pelo petista desde 2023, em matéria de declarações ora impróprias, ora desarrazoadas, outras delinquentes, estava por vir.

Sim, no que diz respeito à política externa em geral ou sobre, por exemplo, o conflito Rússia x Ucrânia, quando relativizou a responsabilidade do agressor, Putin, ao agredido, equiparando as responsabilidades, com a última afirmação que fizera de improviso, Lula entrou para o rol dos líderes que proferiram as falas mais repulsivas somados todo o século XX e este quase ¼ até agora, do XXI. 

Na verdade, desde 07 de outubro de 2023, data da infame e surpreendente investida terrorista do Hamas, o petista frustra e decepciona seu fã clube ocidental, revelando todo o seu antissionismo e antissemitismo.

Após o massacre planejado e executado por bárbaros que defendem a denegação de Israel; que destruiu centenas de famílias pacíficas e indefesas que vivem no lado israelense de Gaza; que matou, estuprou, sequestrou e violentou, incluídos idosos e crianças, Lula, o presidente cada vez mais de meio Brasil, soltou a mais antissemita e deplorável frase de um líder brasileiro em toda a sua história.

"O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico; aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse ele.

A declaração o fez atravessar a “linha vermelha”, nas palavras do premier israelense Benjamin Netanyahu. Com efeito, ele passou de qualquer limite no campo do aceitável, sendo (justamente) criticado em todas as democracias mundiais, nos quatro cantos do planeta.

Netanyahu também afirmou que a fala dele foi "antissemita", e desrespeitou a memória de seis milhões de judeus mortos pelos nazistas, além de dizer que deveria ter vergonha.

Crise diplomática sem precedentes

Após a declaração infame, o governo israelense declarou Lula como "persona non grata", que na linguagem diplomática equivale dizer que determinado estrangeiro não é bem-vindo naquele país.

“Não perdoaremos e não esqueceremos - em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel -, informei ao Presidente Lula que ele é uma 'persona non grata' em Israel até que ele peça desculpas e se retrate", escreveu o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, nas suas redes sociais.

Desde então, o mundo e o Brasil acompanham a escalada da crise, que já teve humilhação de embaixador, pedido de impeachment, indignação generalizada e faniquito da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também conhecida como “Amante” na lista da Odebrecht, e “Bonitinha mas ordinária”, na nossa avaliação.

No mais, fica a dificuldade em encontrar alguma grandeza nesse homem que deu a volta por cima, mas, pelo visto, nem tanto.

Afinal, sua terceira presidência caminha para ficar marcada pela velhice das suas ideias, atraso do seu pensamento e defasagem imperdoável da sua já sectária visão de mundo.

Lula pode ganhar dez eleições, mas não tem, nem jamais teve, grandeza alguma.

A boa notícia é que, no dia seguinte ao seu fim, os petistas que cegamente o acompanham, partirão rumo à vala da história junto com declarações abjetas sobre Hitler, nazistas, Israel e o Hamas, entre outras mais. 


PS1: Quando Lula vai pedir desculpas a Israel e seu povo?

PS2: Enquanto isso em São Bernardo do Campo, o Brasil amanhece com a notícia dos 250 prêmios na loteria do (ex-) contador do Lulinha, compadre Roberto Teixeira, Lulão e atual do PCC…

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