Quando o assunto é pesquisa de opinião, sobretudo se tratando de eleições municipais em Belém, todo cuidado é pouco.
Que o digam o candidato Everaldo Eguchi, em 2020 e, mais remotamente, o então deputado e postulante derrotado no ano 2000, Duciomar Costa. Pra ficar nos casos mais notórios e acintosos.
Ambos foram prejudicados e trapaceados no jogo que deveria ser democrático por pesquisas mandrakes realizadas pelo notório Ibope, de tristes e suspeitíssimas manipulações em favor do candidato Edmilson Rodrigues nos dois pleitos.
A ação do “instituto” e a omissão da Justiça Eleitoral influenciaram decididamente no resultado.
Até hoje, não se sabe o por quê da Justiça Eleitoral, por sua vez, nada fazer para deter esse tipo de atividade criminosa. É disso que se trata:
Essas manipulações são capazes de influir de forma irremediável nas decisões sobre vencedores e vencidos, manipulando, assim, a vontade popular, particularmente em disputas renhidas e com números reais entre os contendores na casa do empate técnico.
Tome-se como exemplo as revelações que pululam, jorram, brotam, são plantadas na imprensa e redes sociais sobre levantamentos realizados ultimamente relativos às eleições em Belém, ano que vem.
Nada de novo no front
Com efeito, não há nada de novo no front, a não ser o esforço que “analistas” de plantão, verdadeiras pitonisas quando o assunto é, tipo assim, como não quem não quer nada, defender A em detrimento de B e derrubar C em benefício do mesmo B, jamais de um D.
Sim, estimado leitor e prezada leitora, não duvide: quem divulga essas pesquisas a pouco menos de um ano do pleito, não quer fazer nada, invariavelmente, a não ser defender as suas preferências.
Muitas vezes, convém repetir, cercadas de interesses nada republicanos em defesa da liderança, competitividade ou musculatura dos seus preferidos.
Isso mesmo: quase sempre esses “analistas” têm acertos, estão no bolso e folha de pagamento (ainda que caixas 2, 3, 4) dos candidatos preferidos deles, de gente dos seus entornos ou falando em seus nomes.
Paraná Pesquisas
O Paraná Pesquisas foi o único instituto que acertou a diferença de votos entre Lula e Bolsonaro dentro da margem de erro nos dois turnos nas eleições presidenciais de 2022.
Seus detratores, muitas vezes “livres como um táxi”, na definição do pensador Millôr, o associam ao bolsonarismo por essa ou aquela razão.
Ocorre que contra os fatos não há argumentos, concordam? E o “dado concreto” é que eles acertam mais do que erram, bem diferente dos “institutos de aluguel” onde do Ipec (antigo Ibope) e seus representantes estaduais nadam de braçadas rumo à desmoralização quando abertas as urnas posteriormente às suas respectivas manipulações orquestradas.
Que o diga um tal de “Bilhetim”, comandado por um “cientista político”, o qual, durante as eleições de 2014, elevou essa prática nefasta ao paroxismo.
Os números que apresentara no embate final do segundo turno naquele ano revelariam um embuste de marca maior, tipo “Ipec Belém 2020”, mas com efeito contrário, pois nesta o beneficiado vencera e, naquela, onde aparecia 20 pontos na frente do contendor, seu candidato favorito fora derrotado, feito suficiente para que sumisse do mercado rumo ao merecido ostracismo.
Anotem e cobrem depois: Eder Mauro, Edmilson Rodrigues, Everaldo Egushi, Zeca Pirão, Ursula Vidal e outros postulantes menos votados, todos reúnem condições de chegar ao restaurado Palácio Antônio Lemos em 2024.
As razões para esta afirmação serão reveladas ao longo do próximo ano, em meio a datas e prazos legais; convenções, campanha oficial e horário eleitoral.
Como naquela famosa e premiada campanha de um supermercado local, “sem grito”.
Churchill, o gênio estadista, dizia que seis meses em política eram uma eternidade…
Até lá, esses esbirros e “cientistas políticos” de ocasião vão seguir defendendo os seus preferidos também de ocasião, plantando notinhas simpáticas a uns, detratórias a outros e vida que segue.
Vá por mim: tudo pra encher linguiça, digo, folhas em branco que irão preencher jornais, veículos eletrônicos e muitos, muitos interesses - sempre eles -, nada dotados de espírito público.
Grande eleitor
De um lado, postulantes querendo agradar o grande eleitor Helder Barbalho, que na pesquisa do “bolsominon” Paraná, aparece altamente popular com aprovação na casa dos 60, 70 pontos.
No outro canto do córner, a turma que gravita em torno do ex-presidente e outras lideranças de centro-esquerda, centro e centro direita, que não estão com Helder, mas ainda possuem um recall nada desprezível, como o ex-governador Simão Jatene.
Por ora é isso, povo de Deus: tudo perfumaria, mimimis e blá, blá, blás. Muitos interesses (sempre com o segundo “e” aberto como se tivesse um acento agudo) em sotaque brizolista, hoje em dia imitado por Ciro Gomes.
O pesquisador e o poste
Há um pesquisador sério, respeitado, avis rara “nessa terra de capachos” - royalties para Paulo Francis -, que afirmara categoricamente: Edmilson está na UTI e Helder tem grandes chances de eleger o seu candidato. “Seja ele quem for. Até o famoso poste”.
O xis da questão é que a afirmação inclui, inclusive, o próprio Ed. Sim, o Potoca. Por que aí estarão ele, o governador e Lula a apoiá-los. Pobre Belém.
Caso Helder tire do bolso e eleja um candidato do MDB, a façanha se dará após 39 anos da eleição de Fernando Coutinho Jorge, em 1985. Naquele ano, o candidato do partido do então governador Jader Barbalho, o PMDB, fora o vencedor em Belém.
A alternativa para não ter ao seu lado um prefeito hostil, co-anfitrião em meio aos preparativos em 2025 e, sobretudo, ter de dividir os holofotes durante a COP 30, poderá ser a associação a postulante de outro partido aliado - que alce voo solo no 1º turno -, e não seja o psolista.
A COP 30, cumpre lembrar, está programada para novembro de 2025. Ou seja, para quem já disse que sairá do governo em abril de 2026, vai ocorrer no apagar das luzes de 2025, naquele que tem tudo para ser o gran finale do seu segundo governo,
Ainda assim, eleger um correligionário ou ser sócio de aliado em potencial serão feitos positivos de um herdeiro e líder político com apetite para voos mais altos e um futuro pela frente que se avizinha ainda mais promissor. Só depende dele. E do destino.