O jornal Folha de S. Paulo publicou na sua versão impressa nesta terça-feira, 3, um “raio X” do cenário político do estado do Pará.
Segundo o jornal, a vitória do prefeito eleito de Belém, Igor Normando (MDB), consolido as u a hegemonia do grupo liderado por Helder Barbalho, que mira uma candidatura nacional e prepara sua vice Hana Ghassan (MDB) para a sucessão em 2026.
O MDB paraense saiu com musculatura das eleições municipais, conquistando 83 das 144 prefeituras do estado.
Por outro lado, aliados do governador foram derrotados em municípios importantes, como Ananindeua, Marabá e Parauapebas, dando fôlego às forças de oposição.
"Considero que estão no nosso campo todos que defendem o estado do Pará. Nós respeitamos as diferenças, que permite que tenhamos representações que são da esquerda e da direita. Aqueles que colocam ideologias à frente dos interesses do Pará, a meu ver, estão equivocados", afirmou à Folha o governador.
Helder se movimenta para ocupar o posto de candidato a vice-presidente na chapa petista em 2026. Para isso, conta com a vitrine da COP30, conferência da ONU para a mudança do clima, que será realizada em novembro do próximo ano em Belém.
Segundo a Folha de S. Paulo, Helder deve renunciar ao cargo em abril de 2026, obedecendo aos prazos legais para disputar a eleição, fazendo sua vice Hana Ghassan ascender ao cargo de governadora.
O principal adversário da vice-governadora deve ser Dr. Daniel Santos (PSB), prefeito reeleito de Ananindeua.
O campo da esquerda, por sua vez, vai tentar se reconstruir após a derrota do prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) em Belém. Para o jornal paulista, a tendência é que o PT mantenha a aliança com Helder em 2026, priorizando o projeto nacional de reeleição do presidente Lula.
De um lado, o estado viveu uma ascensão do conservadorismo, com o avanço de nomes ligados à agenda da segurança pública, ao agronegócio e ancorado na força de uma Igreja Católica tradicionalista e de denominações evangélicas como a Assembleia de Deus e Igreja Quadrangular.
Por outro lado, Helder Barbalho conseguiu crescer e consolidar sua força política no vácuo na crise do PT e do PSDB, unindo em seu entorno setores conservadores e à esquerda.
Créditos da imagem: Agência Pará.