A Folha de S. Paulo publicou uma pesquisa nesta quinta-feira, 30, sobre a descoberta de aves amazônicas que passaram a fazer ninhos com plásticos de poluição.
A pesquisa, conduzida no Amapá e Pará, concluiu que o aumento da presença de lixo na costa amazônica, além da escassez de matérias-primas naturais, como fibras, folhas secas, raízes de orquídeas e fungos rizomorfos (de aparência de galhos), contribuíram para esse comportamento anormal.
Os "ninhos de plásticos" encontrados no Amapá e no Pará são predominante azuis, o que chamou a atenção dos pesquisadores, mas ainda não tem resposta.
Raqueline Monteiro, do Iepa (Instituto de Pesquisa do Amapá), encontrou 12 ninhos de japiim (Cacicus cela) feitos a partir de plástico na praia do Goiabal, no município de Calçoene (AP), a cerca de 356 km de Macapá. Em algumas regiões, a espécie é conhecida como xexéu. Os mais recentes achados são dia 17 deste mês.
No Pará, Adrielle Caroline Lopes, da UFPA (Universidade Federal do Pará), iniciou a observação ainda em 2021 e fez dela o tema do seu mestrado em oceanografia.
Lopes focou sua pesquisa na região de Salinópolis (PA), onde encontrou os primeiros ninhos com plástico feitos pela espécie japu-preto (Psarocolius decumanus).
Há registros também em outras áreas da região, como na Ilha de Maiandeua, popularmente conhecida como Algodoal.
Créditos da imagem: Adrielle Caroline Lopes/ Divulgação.
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