Em artigo publicado na versão impressa d’O Globo deste sábado, 4, expõe a situação do agronegócio frente à COP30, a ser realizada em novembro deste ano.
Segundo Márcio Astrini e Claudio Angelo, autores do artigo, afirmam que, com o sucesso recente das políticas de redução do desmatamento, o agronegócio brasileiro começou a colocar em prática uma contrarreação, em oposição à linha ambientalista adotada para a COP30.
Este não é um movimento de hoje, mas que encontra no cenário atual mais ecumênico que nunca. De acordo com o jornal, produtores, exportadores e parlamentares se uniram na defesa do desmatamento e no ataque aos direitos dos povos indígenas.
O alvo mais recente é a moratória da soja, um acordo firmado por agentes privados há 18 anos, até hoje o exemplo mais bem sucedido de autorregulação do agro no mundo tropical. A moratória impede que os grandes traders comprem soja produzida em áreas desmatadas depois de 2008 na Amazônia.
O artigo pontua que os governadores de Rondônia e do Mato Grosso sancionaram uma lei punindo produtores que aderem à moratória. O STF derrubou liminarmente a lei mato-grossense, mas a briga continua.
A demarcação de terras de povos indígenas também está ameaçada. Congressistas tentam embutir na Constituição o marco temporal, que afirma que comunidades que não estejam nas suas terras desde 1988 perdem direito a elas.
Para os autores do artigo, quem sempre atuou contra o meio ambiente e está empenhado em atacar o governo pode ver na COP 30 um cenário perfeito para atacar ambos.
Créditos da imagem: Agência Gov.