O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira, 13, uma reportagem sobre a corrida do crime organizado para exploração de atividade ilegais na Amazônia.
Segundo a matéria, a exploração acontece nas áreas do ouro, madeira, caça e pesca.
Para mitigar a questão, O Globo sugere que, além do evidente reforço na vigilância e repressão, com uma coordenação entre instituições locais e federais, é preciso urgência na aprovação pelo Congresso de um Projeto de Lei apresentado em outubro, com a assessoria da Polícia Federal (PF), para elevar as penas de crimes ambientais cometidos por quadrilhas.
A atração que as vastas oportunidades de negócios ilegais na Amazônia passou a exercer sobre organizações criminosas articuladas com esquemas
internacionais de tráfico de drogas é comprovada pelo crescimento dos bens e valores apreendidos pela PF no combate a atividades de quadrilhas na região.
Segundo O Globo, de janeiro a outubro do ano passado, o que foi confiscado de grupos que cometem crimes ambientais na Amazônia chegou a R$ 1,15 bilhão, um terço de todas as apreensões feitas no período - de R$ 3,1 bilhões—, quase tanto quanto o R$ 1,17 bilhão confiscado em investigações sobre o tráfico de drogas.
Relatório do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), entidade intergovernamental, estima que empreendimentos criminais contra o meio ambiente geram, a cada ano, entre US$ 110 bilhões e US$ 281 bilhões de receita, sendo a terceira atividade ilegal mais lucrativa, depois do tráfico de drogas e de armas. A experiência brasileira demonstra que há quem explore mais de uma dessas atividades ao mesmo tempo.
Créditos da imagem: Polícia Federal.