Jordan x LeBron: Quem é o “maior da história” da NBA?

Listas de preferências sobre o que quer que seja sempre fascinou apaixonados por disputas e desportos.

24/04/2024 19:30
Jordan x LeBron: Quem é o “maior da história” da NBA?

Para aficionados ao redor do planeta, personagens épicos da história da humanidade desde a antiguidade até a contemporaneidade despertam fascínio que transcende áreas de atuação, sexo, cor, religião e etc., nos quatro cantos do mundo.

A vida, arte, talento, genialidade e obra de um Aristóteles, Alexandre, Mozart ou Pelé, o nosso Edson Arantes do Nascimento, ganharam tamanha notoriedade em razão dos feitos de cada e dos respectivos registros históricos, que os alçaram, para muitos, a sinônimos de “melhor de todos os tempos”.

“O médico fulano de tal é o (Ivo) Pitanguy da especialidade não sei qual”... “Mozart é o Shakespeare da música clássica”.

E as comparações também se estendem a cidades, carros, centro de compras, ruas e tudo quanto for possível ser confrontado e ter virado moda ou mania de quem consome o que vier pela frente, de entretenimento a gastronomia, passando por opiniões distintas sobre esportes, países e cidades.

“Em Paris, a Galeries Lafayette é a ‘Disney’ das compras. A 5ª Avenida é a Via Veneto de Nova York e Gisele Bundchen, a Ferrari das modelos”, ouve-se palpitar aqui e acolá.

E, na esteira das preferências, ao eleger-se os maiores, inevitáveis são as comparações:

“Quem foi o maior homem da Grécia antiga, Sócrates ou Platão? E o maior general de guerras, Alexandre O Grande ou Napoleão Bonaparte?”

“Na atualidade, quem é o melhor, Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo?”

Nas artes, nos esportes, na política, na guerra e nos negócios, sempre há de encontrar-se um cânone, uma lista ou votação envolvendo disputas, preferências e escolhas pessoais que muitas vezes ganham vozes de “verdade universal”.

“Escolhas do destino”

Este “fenômeno”, o dom de querer imprimir no inconsciente coletivo uma espécie de “verdade universal” a partir das próprias preferências pessoais, subtraindo o direito de escolha de cada um, também é recorrente nesta seara.

Tome-se como exemplo disso o até outro dia embate no tênis criado a partir da rivalidade e genialidade de dois longevos espécimes do esporte da bolinha, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, os quais, para muitos, seriam os maiores de todos os tempos.

Talentos indiscutíveis, aparentemente insuperáveis, aí veio por fora o sérvio Novak Djokovic, bateu os recordes de Grand Slam de ambos e impôs, meritocraticamente, a reabertura do debate única e exclusivamente em razão dos seus feitos não menos notáveis sobre quem seria o “maior da história”.

“O Pelé do basquete”

A motivação deste texto, o “gancho” no jargão jornalístico, se deu em razão do autor também ser fascinado por listas, talento e basquete, e após a revelação de um vídeo vazado semana passada ocorrido em Los Angeles, naquela que seria a casa do astro do L.A. Lakers, o lendário LeBron James.

A filmagem foi publicada pelo seu filho caçula, Bryce, de 16 anos, e atleta do esporte, que teria tido a pachorra de provocar “King James” sobre ele acertar todos os arremessos de longa distância numa cesta instalada próxima a garagem da mansão.

“Eu sou o GOAT”, disse-lhe LeBron, depois do “moleque” ainda chamá-lo “lixo”, acertando uma atrás da outra, para fascínio do filho.

“Parece que você não me conhece. É isso que eu faço. Eu sou o GOAT . Não brinca comigo”, falou e disse o craque.

Em inglês, a abreviatura quer dizer “Greatest af all time”, o “maior/melhor de todos os tempos” em tradução livre.

O termo é muito comum nos EUA e pode ser comparado ao clássico por essas bandas sobre alguém “ser o Pelé” de alguma atividade que o tornara célebre.

LeBron escolheu usar o 23 no início da carreira em homenagem a Michael Jordan, o astro que se aposentou de vez em 2003 é até hoje considerado o “Pelé do basquete” por todo canto para além dos EUA.

O “dado concreto”, como diria o outro, é que hoje em dia, James ultrapassou outras lendas geniais do esporte da bola ao cesto, assumindo o posto de, no mínimo, o 2º maior de todos os tempos.

Aos 39 anos, ainda na ativa, ele está em sua 21ª temporada, enquanto Air Jordan disputou 13 em seu auge, nos Bulls de Chicago, com um intervalo de dois anos de pausa no meio, mesmo tempo que jogou no Washington Wizards, já na parte final da carreira.

Em outro feito magnífico, este ano, “o menino de Akron”, Ohio, nas suas próprias palavras, superou o brazuca Oscar Schmidt e se tornou o maior pontuador da história do esporte. Jordan, por sua vez, teve seis títulos na carreira e cinco troféus de MVP em cinco delas.

Pesquisa anônima

Nesta terça-feira, 23 de abril, uma semana após o vídeo de Bryce James, o site americano The Athletic divulgou pesquisa anônima com votos de 142 jogadores da NBA. Aqui.

A sondagem revelou que a supremacia de Michael Jordan entre os atletas permanece, mas a diferença em relação a LeBron diminui a cada edição.

Este ano, Jordan obteve 45,9% dos votos e James, 42,1% das preferências. Ano passado, a diferença foi de 58,3% a 33%. Na primeira vez que foi feita a pesquisa, o resultado foi 73% a 11%.

NBA ganha o mundo

Afinal, o objetivo aqui é muito mais saber a opinião dos leitores sobre quem seria o GOAT do basquete, do que um cotejo entre as espetaculares carreiras de ambos os atletas norte-americanos.

LeBron James já revelou que uma das razões de ainda estar em quadra é o sonho de poder jogar com o seu primogênito, Bronny, na Liga. O jovem deu um susto no ano passado ao desmaiar durante um treino, mas foi liberado pelos médicos para jogar.

Atualmente, o herdeiro 01 de King James é especulado como um dos nomes que serão inscritos no draft deste ano com vistas a habilitarem-se para as escolhas da próxima temporada, fato que, uma vez concretizado, seria um sinal da realização do sonho de ambos. 

Cumpre lembrar que, após o sucesso da dupla de adversários que precedeu o reinado de Jordan, formada por Magic Johnson (LA Lakers) e Larry Bird (Boston Celtics), vencedora de 09 campeonatos, responsável por tornar as franquias milionárias e conquistar de vez o mercado publicitário americano, foi o imortalizado 23 dos Bulls quem tornou a NBA popular em todo o mundo.

Seu carisma fez dele um sucesso global, muito além das quadras, invadindo as telas do cinema, o mundo da moda, tornando-o um verdadeiro ídolo pop, bem antes das redes sociais.

Enquete do Amazônico

E por falar em propaganda, como dizia aquela do supermercado, “sem grito”, O Amazônico disponibiliza espaço para enquete e pesquisas desde o início de março em sua homepage.

Dito isso, após a saudável provocação do filho de James semana passada, e da pesquisa revelada pelo site THe Athletic ontem, chegou a nossa vez de querer saber:

Existe comparação entre Michael Jordan e outros jogadores?

Com a palavra, você.  E que sigam os playoffs.

Aqui para votar.


Créditos:
Reprodução Facebook
Reprodução/montagem
Reprodução sob foto de Jack Dempsey/AP

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