*Déjà vu ou sabe-se lá o quê, para os cidadãos comuns que desprezam e temem a impunidade, a última semana foi daquelas que não vai deixar saudade. Pior: ficou uma sensação de: "já vi esse filme". Um misto de gosto amargo e o complemento indesejado, "o final é uma lástima". Dias de puro mau gosto e melancolia. Os motivos?
Ei-los:
Lula em Abreu e Lima
A turma da imprensa (95,87%) que apoiou escrachada ou
sub-repticiamente Lula, mas finge que não esqueceu os "malfeitos"
bilionários que resultaram em outros bilhões devolvidos, está cada vez mais
enrascada.
Equilibristas
A massa de jornalistas tem passado o tempo todo desde
janeiro de 2023 até hoje se equilibrando sobre o que dizer (ou criticar) a cada
posicionamento jurássico, cínico, despropositado ou ultrapassado de um chefe
que envelheceu cronológica, mental e politicamente.
Me engana…
A última parlapatada triunfalista de Lula os fez, os
milhares de jornalistas filo-petistas destacados para fazer a cobertura
política nacional, ter de posicionar-se sobre a postura do presidente
que teima em tentar reescrever a história e limpar a barra imunda deixada pelas
digitais do PT quase inteiro e do sem-número de aliados pegos com a boca na
botija por tudo que fora delatado ou revelado pelas investigações da Operação
Lava Jato.
… Que eu gosto
Com cerimônia no local ocorrida na sexta-feira, 19, coube aos
adeptos de Lula e do PT lembrar o passado nada glorioso da obra perdulária e
inepta da Refinaria de Abreu e Lima, localizada na região metropolitana do
Recife, ou passar pano e registrar os números bilionários que os gastos do
governo prometem gerar na anunciada retomada e ampliação do projeto calculado à
época do seu lançamento em 2,4 bilhões de dólares, que já chegou a 20, e
inaugurou apenas uma das duas unidades de refino, além do calote que levou da
Venezuela de Hugo Chávez no meio do caminho.
Caloteiro
Sim, a Petrobras, além de gastar os tubos a mais, de ser
pilhada sem dó nem piedade, ainda arcou com um calote do "parceiro"
Hugo Chávez que jamais colocou um dólar ou bolívar na obra onde esteve presente
fazendo o proselitismo de sempre, quando do seu lançamento, em 2005.
PAC ilusionista
Desta feita, Lula promete 17 bilhões de dólares de
investimentos até 2028, e a geração de cerca de 30 mil empregos. O
triunfalismo e a megalomania são os mesmos. Que Deus proteja os bilhões
arrecadados pelos impostos de um povo descrente. E pilhado.
Um editorial do Estadão
Diogo Mainardi, sempre ele, deu uma justa enquadrada nos
editorialistas de O Estado de S. Paulo (OESP). A razão foi o texto publicado na edição deste
domingo, 21 de janeiro. Ao tratar da "aniquilação moral" de Sérgio
Moro, o editorial da publicação cita como consequência a "redenção
moral" daqueles que foram atingidos pela Lava jato
Não É Imprensa
Redenção moral uma ova! O polemista cutuca na ferida,
"lembrando" quem escreve a opinião institucional do Estadão, aspeando
inclusive trechos do editorial, que, este sim foi incapaz de enxergar "uma
ação concertada entre diversos interessados", se recusando a "ligar
os pontos".
OESP não é Toffoli
Diferente de Dias Toffoli, aquele que com apenas uma
canetada subverteu o passado de quem delinquiu, Mainardi vai direto ao que
realmente aconteceu: um golpe para garantir a impunidade. Isso sim, uma
decomposição moral, diz ele. E ainda alfineta o tradicional periódico,
insinuando seu "fim melancólico". Briga boa.
Moro e o fim
Não precisa ser Diogo Mainardi ou escrever editoriais do Estadão para
intuir que desde a morte de Teori Zavaski e a mudança de lado de Gilmar Mendes,
a Lava Jato corria célere a caminho do brejo. Sim, incontinenti qualquer
torcida a favor, Moro se apequenou desde quando virou ministro de Bolsonaro. E
o sistema não perdoa. Com a sua cassação dada como certa, para muitos é um
ex-senador (ainda) em atividade.
Herdeiros
Alexandre de Moraes foi escolhido por Michel Temer
(grampeado por Joesley Batista) para a vaga de Teori. Edson Fachin, que
anularia os processos de Moro contra Lula, foi sorteado para relatar a
operação após a morte do ministro a quem o STF inteiro respeitava. O resto a
gente já sabe…
O caso Júlio Lancellotti
E por falar em Jair Bolsonaro, a revista Oeste, onde pontifica a
fina flor do jornalismo bolsonarista, revelou esta semana que é autêntico um
vídeo seguido de conversas com um menor pelo Whatsapp no qual o padre Júlio
Lancellotti, um dos alvos de um pedido de CPI na Câmara de Vereadores de São
Paulo, diz estar se masturbando. Se confirmada a veracidade, o que dizer senão
que se trata de mais um caso lastimável e inaceitável por ser o adulto quem é e
do outro lado, um menor?
Verdades inconvenientes
Celibato, homossexualismo enrustido e assédio sexual se
tornaram os pontos nevrálgicos da igreja católica mundo afora. Negar essa
gravidade como um dos principais pontos de atração para a conversão de
descrentes às igrejas pentecostais, é tentar tapar o sol com a peneira, tal e
qual os crimes que Lula e parte do STF tentam anular, ainda que tenham sido pilhados bilhões em
recursos públicos, que foram orquestrados e desbaratados no período petista.
Anthony Soprano 25 anos
Muita gente boa lembrando os 25 anos de lançamento da série
que fez explodir o gênero e popularizou a HBO. Sempre me recusei a chamá-la de
"Família Soprano", a tradução original. Pra mim, sempre foi Os Sopranos. Dizer o quê sobre a saga do
personagem que "parou" os EUA entre 1999 e 2007 e mudou a relação
para melhor do telespectador com a TV? Que foi sensacional.
A quem a assistiu ”de cabo a rabo" ou ainda deseja fazê-lo, recomendo a assinatura do site “Não É Imprensa” e a leitura do artigo do excelente Martim Vasques da Cunha, pois com a sua erudição costumeira, o autor abraça e contempla toda a physique du rôle que fez de James Gandolfini, o ator que deu vida a Anthony Soprano, o furacão responsável por muito do que veio depois no universo das séries e plataformas de streaming que aterrorizam o cinema desde então.
Aqui exclusivo para assinantes
Neutralidade zero: um “soneto" estéril ou um poeme neutre dedicade a todes os (as) toles
Esse pape é muito meme
Neutre não nutri estile
Neutre só sabe
nada fazere e reclamare de todes
Que não comunguem
dos seus valore$
Neutre não lembre de coise nenhume
Por exemple:
vocês virem a pantomime do lule em Abreu e lime?
Um escândale de
bilhões e bilhõnes
O calote do hermano chávez que revive de nuove
O PT e seus
jornalistes passando panes
Pros condenades e
delatores
Esse "sonete" não fala de amore
São frases
dirigides a centenes de malfeitores
Enquante vc fique
na bolhe petiste
Odebrecht,
Toffoli, lewandowiske, lule e janje se refestelam em noves mal feites.
*Déjà-vu: sensação de já ter visto ou vivido alguma situação que está
acontecendo no presente. Etimologia: termo francês que significa “já visto”.