Dejavu: Abreu e Lima, fim da Lava Jato, Moro, Lancellotti, os 25 anos de The Sopranos e neutralidade zero.

21/01/2024 12:39
Dejavu: Abreu e Lima, fim da Lava Jato, Moro, Lancellotti, os 25 anos de The Sopranos e neutralidade zero.

*Déjà vu ou sabe-se lá o quê, para os cidadãos comuns que desprezam e temem a impunidade, a última semana foi daquelas que não vai deixar saudade. Pior: ficou uma sensação de: "já vi esse filme". Um misto de gosto amargo e o complemento indesejado, "o final é uma lástima". Dias de puro mau gosto e melancolia. Os motivos?

Ei-los:

Lula em Abreu e Lima

A turma da imprensa (95,87%) que apoiou escrachada ou sub-repticiamente Lula, mas finge que não esqueceu os "malfeitos" bilionários que resultaram em outros bilhões devolvidos, está cada vez mais enrascada.

Equilibristas

A massa de jornalistas tem passado o tempo todo desde janeiro de 2023 até hoje se equilibrando sobre o que dizer (ou criticar) a cada posicionamento jurássico, cínico, despropositado ou ultrapassado de um chefe que envelheceu cronológica, mental e politicamente.

Me engana…

A última parlapatada triunfalista de Lula os fez, os milhares de jornalistas filo-petistas destacados para fazer a cobertura política nacional, ter de posicionar-se sobre a postura do presidente que teima em tentar reescrever a história e limpar a barra imunda deixada pelas digitais do PT quase inteiro e do sem-número de aliados pegos com a boca na botija por tudo que fora delatado ou revelado pelas investigações da Operação Lava Jato.

… Que eu gosto

Com cerimônia no local ocorrida na sexta-feira, 19, coube aos adeptos de Lula e do PT lembrar o passado nada glorioso da obra perdulária e inepta da Refinaria de Abreu e Lima, localizada na região metropolitana do Recife, ou passar pano e registrar os números bilionários que os gastos do governo prometem gerar na anunciada retomada e ampliação do projeto calculado à época do seu lançamento em 2,4 bilhões de dólares, que já chegou a 20, e inaugurou apenas uma das duas unidades de refino, além do calote que levou da Venezuela de Hugo Chávez no meio do caminho.

Caloteiro

Sim, a Petrobras, além de gastar os tubos a mais, de ser pilhada sem dó nem piedade, ainda arcou com um calote do "parceiro" Hugo Chávez que jamais colocou um dólar ou bolívar na obra onde esteve presente fazendo o proselitismo de sempre, quando do seu lançamento, em 2005.

PAC ilusionista

Desta feita, Lula promete 17 bilhões de dólares de investimentos até 2028, e a geração de cerca de 30 mil empregos. O triunfalismo e a megalomania são os mesmos. Que Deus proteja os bilhões arrecadados pelos impostos de um povo descrente. E pilhado.  

Um editorial do Estadão

Diogo Mainardi, sempre ele, deu uma justa enquadrada nos editorialistas de O Estado de S. Paulo (OESP). A razão foi o texto publicado na edição deste domingo, 21 de janeiro. Ao tratar da "aniquilação moral" de Sérgio Moro, o editorial da publicação cita como consequência a "redenção moral" daqueles que foram atingidos pela Lava jato 

Não É Imprensa

Redenção moral uma ova! O polemista cutuca na ferida, "lembrando" quem escreve a opinião institucional do Estadão, aspeando inclusive trechos do editorial, que, este sim foi incapaz de enxergar "uma ação concertada entre diversos interessados", se recusando a "ligar os pontos".

OESP não é Toffoli

Diferente de Dias Toffoli, aquele que com apenas uma canetada subverteu o passado de quem delinquiu, Mainardi vai direto ao que realmente aconteceu: um golpe para garantir a impunidade. Isso sim, uma decomposição moral, diz ele. E ainda alfineta o tradicional periódico, insinuando seu "fim melancólico". Briga boa.

 Moro e o fim

Não precisa ser Diogo Mainardi ou escrever editoriais do Estadão para intuir que desde a morte de Teori Zavaski e a mudança de lado de Gilmar Mendes, a Lava Jato corria célere a caminho do brejo. Sim, incontinenti qualquer torcida a favor, Moro se apequenou desde quando virou ministro de Bolsonaro. E o sistema não perdoa. Com a sua cassação dada como certa, para muitos é um ex-senador (ainda) em atividade.

Herdeiros

Alexandre de Moraes foi escolhido por Michel Temer (grampeado por Joesley Batista) para a vaga de Teori. Edson Fachin, que anularia os processos de Moro contra Lula, foi sorteado para relatar a operação após a morte do ministro a quem o STF inteiro respeitava. O resto a gente já sabe…

O caso Júlio Lancellotti

E por falar em Jair Bolsonaro, a revista Oeste, onde pontifica a fina flor do jornalismo bolsonarista, revelou esta semana que é autêntico um vídeo seguido de conversas com um menor pelo Whatsapp no qual o padre Júlio Lancellotti, um dos alvos de um pedido de CPI na Câmara de Vereadores de São Paulo, diz estar se masturbando. Se confirmada a veracidade, o que dizer senão que se trata de mais um caso lastimável e inaceitável por ser o adulto quem é e do outro lado, um menor?  

Verdades inconvenientes

Celibato, homossexualismo enrustido e assédio sexual se tornaram os pontos nevrálgicos da igreja católica mundo afora. Negar essa gravidade como um dos principais pontos de atração para a conversão de descrentes às igrejas pentecostais, é tentar tapar o sol com a peneira, tal e qual os crimes que Lula e parte do STF tentam anular, ainda que tenham sido pilhados bilhões em recursos públicos, que foram orquestrados e desbaratados no período petista.

Anthony Soprano 25 anos

Muita gente boa lembrando os 25 anos de lançamento da série que fez explodir o gênero e popularizou a HBO. Sempre me recusei a chamá-la de "Família Soprano", a tradução original. Pra mim, sempre foi Os Sopranos. Dizer o quê sobre a saga do personagem que "parou" os EUA entre 1999 e 2007 e mudou a relação para melhor do telespectador com a TV? Que foi sensacional.

A quem a assistiu ”de cabo a rabo" ou ainda deseja fazê-lo, recomendo a assinatura do site “Não É Imprensa” e a leitura do artigo do excelente Martim Vasques da Cunha, pois com a sua erudição costumeira, o autor abraça e contempla toda a physique du rôle que fez de James Gandolfini, o ator que deu vida a Anthony Soprano, o furacão responsável por muito do que veio depois no universo das séries e plataformas de streaming que aterrorizam o cinema desde então.

Aqui exclusivo para assinantes

Neutralidade zero: um “soneto" estéril ou um poeme neutre dedicade a todes os (as) toles

Esse pape é muito meme

Neutre não nutri estile

Neutre só sabe nada fazere e reclamare de todes


Que não comunguem dos seus valore$

Neutre não lembre de coise nenhume

Por exemple: vocês virem a pantomime do lule em Abreu e lime?

Um escândale de bilhões e bilhõnes


O calote do hermano chávez que revive de nuove

O PT e seus jornalistes passando panes

Pros condenades e delatores


Esse "sonete" não fala de amore

São frases dirigides a centenes de malfeitores

Enquante vc fique na bolhe petiste

Odebrecht, Toffoli, lewandowiske, lule e janje se refestelam em noves mal feites. 




*Déjà-vu: sensação de já ter visto ou vivido alguma situação que está acontecendo no presente. Etimologia: termo francês que significa “já visto”.

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