Exclusivo: denúncias provam que médico ocupa cargo informal em PSM e contrata a própria empresa.

E mais: Filho da 1ª irmã trabalha na BP, que nunca deixou de receber, mesmo sem contrato

27/12/2023 11:31
Exclusivo: denúncias provam que médico ocupa cargo informal em PSM e contrata a própria empresa.

A cidade vive uma agonia sem fim.

O título desta matéria também poderia ser: “A saúde em Belém e a miséria moral de quem desgoverna a cidade ou: um show de horrores que não acaba.”

Chamem como achar melhor. Definam de acordo com as suas respectivas réguas morais.

Mas, o que tem ocorrido na gestão da saúde pública da capital paraense é um despautério. Um acinte. Um absurdo. Um crime de lesa município.

Terra sem lei, comando, respeito ao cidadão comum pagador de impostos e, sobretudo, aos que mais precisam. Assim está Belém do Pará.

E resta a pergunta que não quer calar: onde estão os órgãos de fiscalização e controle locais? De recesso?


Raposa no galinheiro

Aos fatos: o neurocirurgião Milton Francisco de Souza Jr., conhecido como Milton Bonny, consta, atualmente, como diretor clínico informal do Pronto Socorro da 14 de Março, conforme anúncio publicitário em anexo.

Informal, porque a sua nomeação saiu para um outro setor do Departamento de Urgência e Emergência da saúde pública em Belém.

Segundo denúncia recebida por O Amazônico, o ardil trata-se de uma manobra para ocultar o fato de que Bonny é proprietário de uma das empresas terceirizadas que prestam serviços para o hospital municipal, a MONTEIRO & SOUZA LTDA, conforme documento em anexo.

Cumpre ressaltar que a empresa não possui contrato e, tampouco, passou por licitação, como manda o figurino, no caso a lei federal, para prestar tal serviço.

Logo, o médico Milton Bonny é o responsável por atestar o próprio serviço que presta. Um escárnio.

Convém lembrar que o médico e sua sócia, a esposa, ficaram conhecidos do grande público por serem acusados de furto de energia da própria mansão em condomínio de luxo da capital, conforme matéria publicada no Portal G1 Pará.

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2022/02/02/proprietaria-de-casa-de-luxo-e-autuada-por-gato-de-energia-em-belem.ghtml



Titular da Sesma e vícios semelhantes

Como membros de um mesmo espetáculo de horrores e deboche para com o distinto público pagador de impostos, o secretário municipal de Saúde, Pedro Anaissi, numa coincidência macabra, cínica e chancelada por quem fora eleito para comandar a PMB, incorre na mesma prática acintosa, nefasta e impune.

Sim, o nacional nomeou duas outras funcionárias proprietárias de empresa de serviços médicos às vésperas de uma chamada pública para contratação de demanda semelhante.

O desgoverno continua tão grande na área da saúde municipal, que a primeira-prima, Regina Hilda Ferreira Brito, nomeada para a diretoria de Regulação da Sesma, uma das mais importantes e complexas chefias da secretaria, apesar de todas as denúncias de assédio e improbidades, permanece intocável.


A Beneficente Portuguesa e o filho da 1ª irmã

Ainda que faltem leitos para a população, a prima dos Rodrigues continua a pagar fatura cheia para os hospitais contratualizados, com especial atenção para o Hospital Beneficente Portuguesa (HBP).

De acordo com denúncias novamente encaminhadas para O Amazônico, e conforme informações do Portal da Transparência da própria PMB (também em anexo), o HBP não deixa de receber um mês sequer, mesmo quando esteve sem contrato.

A “coincidência” que pode explicar a predileção pelo hospital, segundo denúncia enviada para o site, talvez resida no fato do filho da “1ª irmã”, Edilene Rodrigues, Luiz Otávio Rodrigues Ribeiro, trabalhe no hospital.

Caos sem fim

Como se pode comprovar de forma empírica, publicitária e documental, para completar a ópera bufa na área mais sensível da gestão municipal, ainda que Pedro Anaissi conte com a “ajuda” da esposa, sua eminência nada parda e sem cargo formal que dá expediente diário na Sesma, a coisa continua sem rumo.

Difícil mesmo é achar que todo esse estado de coisas recorrentes há quase um ano sem uma única semana sem notícias trágicas, desespero de quem precisa por não ter outra opção, ou trégua de tanta ocorrência ruim, é sem querer, por acaso.

E olha que todas as situações citadas possuem denúncias junto ao Ministério Público do Estado, o MPPA.

A quem recorrer?

Com a palavra as autoridades constituídas. 






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