Perigo à vista: falta de quase tudo nos PSMs coloca em risco atendimento no feriadão. Anestesistas param de atender na 14 e Guamá.

07/09/2023 12:39
Perigo à vista: falta de quase tudo nos PSMs coloca em risco atendimento no feriadão. Anestesistas param de atender na 14 e Guamá.

Em Belém, após denúncias sobre falta de quase tudo nas unidades da saúde pública municipal, com a suspensão dos serviços de anestesia, chegou o momento de paralisar-se as cirurgias de emergência e quaisquer outras realizadas nos PSMs da 14 de Março e do Guamá.

Inadimplência crônica

Em mais uma omissão ou desídia da gestão caótica do secretário municipal de Saúde, Pedro Anaisse, os contratos com as empresas representantes dos profissionais não foram renovados, obrigando-os a suspender os serviços.

Situação atinge Mosqueiro

À suspensão de qualquer cirurgia antes oferecida nas unidades de Belém, some-se o Distrito do Mosqueiro. A outrora bucólica ilha, paixão de milhares de famílias paraenses há mais de 120 anos, está ainda mais perigosa na véspera do feriadão do Dia da Pátria.

Todo cuidado é pouco

Uma contusão doméstica, acidentes de trânsito, traumas e ferimentos em crimes de rua e tantos outros sinistros podem se tornar ainda mais graves em razão da falência dos serviços obrigatórios de responsabilidade do município.

Sem palavra

Denúncia acusa o atual titular da Sesma de não ter honrado compromissos e pagamentos. A mesma situação ocorre nas UPAS da Marambaia, Jurunas e Terra Firme. A Sesma deve seis milhões para cada uma das duas OSs que fazem a gestão dessas unidades.

Desespero e “não ter o que fazer”

A situação é a seguinte: os médicos que fazem o primeiro atendimento, os chamados “médicos da porta”, optaram por paralisar os serviços. Se sentiram obrigados a isso. Na Terra Firme, servidora foi vista ligando para o diretor afirmando que “não tinha o que fazer, porque ali não havia quase nada”.

Sem anestesia “geral”

A situação dos médicos anestesistas é ainda mais delicada e grave, pois não foram só os hospitais da rede municipal que tiveram os serviços suspensos; aqueles que atendem na chamada “rede contratualizada”, composta por instituições como Beneficente Portuguesa (BP) e Ordem 3ª, também pararam os atendimentos.

Contrato zero

Atualmente, a Sesma não tem contrato com nenhuma das empresas de anestesia, tampouco com o Hospital Maradei, que atende traumas, urgência e emergência. Com a BP e a Ordem 3ª, o “Zé Serra da Edilene”, enxugou tanto que os prestadores foram obrigados a parar serviços prestados à população.

Alteração

Uma alteração na forma de repasse às empresas de anestesia promovida por Pedro Anaisse resultou nos atrasos dos pagamentos. Após várias negociações, ele teria se comprometido em pagar o retroativo e mudar a forma dos repasses.

“Ataque de esquecimento”

Feita a “pactuação” com a categoria, na hora da execução do contrato, naquilo que fora contabilizado como um "ataque de esquecimento" de Pedro Anaisse, o próprio teria afirmado em mais uma reunião coletiva, que não havia se comprometido a pagar o retroativo.

Desmoralização

As justificativas pela paralisação “a qual foram praticamente obrigados” a fazer, reúne, segundo denúncia, questões como déficit fiscal, descumprimento de palavra; de contrato, somados a um sentimento de tentativa de humilhação e desmoralização da categoria.

Caso das OSs

Já em relação aos contratos com as OSs, a Sesma não tem honrado os prazos de pagamento previstos contratualmente, naquilo que tem sido “claramente” interpretado com manobra promovendo a fritura das organizações sociais, tal qual é feito atualmente em relação às demais empresas prestadoras de serviços à secretaria.

“A OS do secretário”

Dizem e repetem - de novo - “as más línguas”, insiste a fonte denunciante, que na lógica de Pedro Anaisse e companhia, ao sufocar empresas e OSs, deixando-as no vermelho, sem conseguir prestar os serviços da forma devida, num futuro próximo ele vai conseguir emplacar a sua OS ou uma parceira de São Paulo,

Só te olho

Em relação à “parceira de São Paulo", a fonte revela que seus emissários e representantes, lobistas e traficantes de influência de sempre - chamem-nos como queiram -, já rondam a gestão municipal como um todo, com olhos na Sesma, particularmente.

A desculpa…

Até o ano passado, época presidência de Jair Bolsonaro, a desculpa para a falta para de recursos  e o caos instalado era a falta de diálogo com o governo federal.

… Era esfarrapada

Atualmente, mesmo com a ajuda do governo federal, de políticos e suas emendas e os repasses estaduais de 30 milhões, a saúde municipal, sob a responsabilidade do “José Serra do Psol”, conseguiu piorar o que já estava ruim.

Repetição da dica

Para quem vai curtir as baladas de setembro e aqueles que irão descansar em casa, todo cuidado é pouco em Belém e seus distritos neste “Feriadão da Pátria 2023”. Falta de aviso não é. Que Deus salve Belém e proteja os seus filhos hoje e sempre, amém.

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