Em Belém, após denúncias sobre falta de quase tudo nas unidades da saúde pública municipal, com a suspensão dos serviços de anestesia, chegou o momento de paralisar-se as cirurgias de emergência e quaisquer outras realizadas nos PSMs da 14 de Março e do Guamá.
Inadimplência crônica
Em mais uma omissão ou desídia da gestão caótica do secretário municipal de Saúde, Pedro Anaisse, os contratos com as empresas representantes dos profissionais não foram renovados, obrigando-os a suspender os serviços.
Situação atinge Mosqueiro
À suspensão de qualquer cirurgia antes oferecida nas unidades de Belém, some-se o Distrito do Mosqueiro. A outrora bucólica ilha, paixão de milhares de famílias paraenses há mais de 120 anos, está ainda mais perigosa na véspera do feriadão do Dia da Pátria.
Todo cuidado é pouco
Uma contusão doméstica, acidentes de trânsito, traumas e ferimentos
em crimes de rua e tantos outros sinistros podem se tornar ainda mais graves em
razão da falência dos serviços obrigatórios de responsabilidade do município.
Sem palavra
Denúncia acusa o atual titular da Sesma de não ter honrado
compromissos e pagamentos. A mesma situação ocorre nas UPAS da
Marambaia, Jurunas e Terra Firme. A Sesma deve seis milhões para cada uma das
duas OSs que fazem a gestão dessas unidades.
Desespero e “não ter o que fazer”
A situação é a seguinte: os médicos que fazem o primeiro atendimento, os
chamados “médicos da porta”, optaram por paralisar os serviços. Se sentiram
obrigados a isso. Na Terra Firme, servidora foi vista ligando para o diretor
afirmando que “não tinha o que fazer, porque ali não havia quase nada”.
Sem anestesia “geral”
A situação dos médicos anestesistas é ainda mais delicada e grave, pois
não foram só os hospitais da rede municipal que tiveram os serviços suspensos;
aqueles que atendem na chamada “rede contratualizada”, composta por instituições como Beneficente Portuguesa (BP) e Ordem 3ª, também pararam os atendimentos.
Contrato zero
Atualmente, a Sesma não tem contrato com nenhuma das empresas de
anestesia, tampouco com o Hospital Maradei, que atende traumas, urgência e
emergência. Com a BP e a Ordem 3ª, o “Zé Serra da Edilene”, enxugou tanto que
os prestadores foram obrigados a parar serviços prestados à população.
Alteração
Uma alteração na forma de repasse às empresas de anestesia promovida por
Pedro Anaisse resultou nos atrasos dos pagamentos. Após várias negociações,
ele teria se comprometido em pagar o retroativo e mudar a forma dos repasses.
“Ataque de esquecimento”
Feita a “pactuação” com a categoria, na hora da execução do contrato,
naquilo que fora contabilizado como um "ataque de esquecimento" de
Pedro Anaisse, o próprio teria afirmado em mais uma reunião coletiva, que não
havia se comprometido a pagar o retroativo.
Desmoralização
As
justificativas pela paralisação “a qual foram praticamente obrigados” a fazer,
reúne, segundo denúncia, questões como déficit fiscal, descumprimento de
palavra; de contrato, somados a um sentimento de tentativa de humilhação e
desmoralização da categoria.
Caso das OSs
Já em relação aos contratos com as OSs, a Sesma não tem honrado os
prazos de pagamento previstos contratualmente, naquilo que tem sido
“claramente” interpretado com manobra promovendo a fritura das organizações
sociais, tal qual é feito atualmente em relação às demais empresas prestadoras
de serviços à secretaria.
“A OS do secretário”
Dizem e repetem - de novo - “as más línguas”, insiste a fonte denunciante, que na lógica de Pedro Anaisse e
companhia, ao sufocar empresas e OSs, deixando-as no vermelho, sem conseguir
prestar os serviços da forma devida, num futuro próximo ele vai conseguir
emplacar a sua OS ou uma parceira de São Paulo,
Só te olho
Em relação à “parceira de São Paulo", a fonte revela que seus
emissários e representantes, lobistas e traficantes de influência de sempre -
chamem-nos como queiram -, já rondam a gestão municipal como um todo, com olhos
na Sesma, particularmente.
A desculpa…
Até o ano passado, época presidência de Jair Bolsonaro, a desculpa para
a falta para de recursos e o caos
instalado era a falta de diálogo com o governo federal.
… Era esfarrapada
Atualmente, mesmo com a ajuda do governo federal, de políticos e suas
emendas e os repasses estaduais de 30 milhões, a saúde municipal, sob a
responsabilidade do “José Serra do Psol”, conseguiu piorar o que já estava
ruim.
Repetição da dica
Para quem vai curtir
as baladas de setembro e aqueles que irão descansar em casa, todo cuidado é pouco em Belém e seus distritos neste
“Feriadão da Pátria 2023”. Falta de aviso não é. Que Deus salve Belém e proteja
os seus filhos hoje e sempre, amém.